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Alonso vê tri da F1 como ‘única prioridade’, põe Indy 500 de lado e indica volta ao Dakar

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(Foto: ANDREJ ISAKOVIC / AFP)

Fernando Alonso colocou o tricampeonato da Fórmula 1 como alvo para os próximos “dois ou três anos”. O piloto da Aston Martin declarou que esta é a “única prioridade” que possui no momento, deixando a tríplice coroa do automobilismo em segundo plano. O espanhol indicou que não deverá mais tentar a vitória nas 500 Milhas de Indianápolis, único triunfo para completar a saga — já venceu o GP de Mônaco de F1 e as 24 Horas de Le Mans, mas admitiu que se vê fazendo o Dakar no futuro.

Alonso tentou por três vezes competir na Indy 500, onde foi a grande sensação da prova de 2017, na qual andou entre os primeiros colocados. Chegou a liderar a prova por 27 voltas, mas viu o motor Honda que empurrava o #29 estourar, no 179º dos 200 giros de corrida.

O espanhol também amargou a vergonha da eliminação do Bump Day de 2019, quando foi eliminado por Kyle Kaiser, que colocou a Juncos no grid e deixou a McLaren de Alonso de fora da prova. Recentemente, Zak Brown, CEO da equipe britânica, declarou ao podcast de Dale Earnhardt Jr., ex-piloto de Nascar, que a ocasião lhe ensinou a não menosprezar as outras categorias, que ter sucesso na F1 não é garantia de ir bem em outro campeonato.

Em 2020, Alonso fez a última tentativa dele em Indianápolis. Se classificou, mas não teve muito para apresentar, terminando em 21º, uma volta atrás de Takuma Sato, o vencedor. O espanhol disse que a quarta tentativa não está nos planos.

“Tentei as 500 Milhas de Indianápolis por três vezes e não consegui. É a única que falta (para a tríplice coroa), mas, no momento, não está nos meus planos”, disse Alonso.

“Estou muito focado na Fórmula 1 agora. Pelos próximos dois ou três anos, quero meu terceiro título. Essa é a primeira e única prioridade no momento”, completou.

Enquanto a Aston Martin vai se reforçando na parte técnica, com a chegada de nomes como Adrian Newey e Enrico Cardile, e melhorando a estrutura em Silverstone, Alonso confia nesse salto para buscar o tricampeonato nos próximo anos. No entanto, depois que encerrar a carreira na F1, acredita que será muito duro se preparar para a Indy 500 e mira o Dakar.

“Depois disso, terei 45, 46 anos. Acho que o comprometido necessário para ir à Indy 500, a quantidade de aprendizado que terei de refazer novamente… vai ser um pouco demais. Ou é o que penso agora, não posso dizer 100%”, apontou Alonso.

“Acho que meu próximo grande desafio será o Dakar. Se conseguir ganhar lá, acho que isso será uma baita recompensa pessoal, pois pude ganhar na F1, no endurance, com vitórias em Le Mans e Daytona, e se puder vencer no rali, isso significará muito para mim como piloto”, prosseguiu.

Caso os planos de Alonso se mantenham dessa forma, estão encerradas as tentativas de buscar a tríplice coroa, e o piloto vai retornar ao mundo do Dakar, onde competiu em 2020, finalizando na 13ª posição no geral entre os carros. O espanhol admitiu que não conhece muito do mundo do rali, mas que estaria disposto a aprender.

“Não se guia um Fórmula 1 do mesmo modo que em Le Mans, pois o carro precisa fazer 24 horas para poder ganhar, ou como no Dakar, onde precisa superar as dunas e areia pela Arábia Saudita. Tive de aprender e começar do zero em muitas categorias e me cercar dos melhores pilotos do mundo, e, com humildade, aprendi muito com eles”, falou Alonso.

“Não há problema em aceitar que eu não tenho ideia de como se guia um carro de rali, mas, dia após dia, tenho de evoluir e aprender para poder me tornar apto a competir no rali mais difícil do mundo”, encerrou.

Fórmula 1 agora faz longa pausa e retorna de 18 a 20 de outubro em AustinEstados Unidos, início da perna americana da temporada 2024.

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