O paulista André Rocha, de 47 anos, ganhou a medalha de bronze no lançamento de disco na classe F52 (atletas que competem sentados), com a marca de 19,48m, neste domingo. A conquista marca a 400ª medalha do Brasil na história dos Jogos Paralímpicos.
“Eu não sabia dessa informação (400ª medalha). Independente de tudo, estou feliz, mas não fiz uma boa prova. Minhas marcas são superiores e ainda tive que torcer para não me ultrapassarem. Depois de tudo o que eu passei nesses anos, com dificuldades, com mudança de classe, estar em uma Paralimpíada é um momento único”, disse André Rocha.
A medalha de ouro foi para o italiano Rigivan Ganeshamoorthy, que estabeleceu o novo recorde mundial da prova, com 27,06m. O segundo lugar ficou com o letão Aigars Apinis, que alcançou 20,62m.
André, natural de Taubaté, era policial militar e, durante uma perseguição, em 2005, caiu de um muro alto e sofreu grave lesão na coluna lombar. Depois de complicações na cirurgia e uma nova e grave lesão na coluna cervical anos depois, ficou com lesões permanentes também nos membros superiores, tornando-se tetraplégico. Conheceu o esporte paralímpico em 2013, em um projeto da prefeitura de sua cidade.
Ainda no atletismo, o paranaense Vinícius Rodrigues avançou à final dos 100m da classe T63 (amputados de membros inferiores com prótese), com o tempo de 12s24, sua melhor marca na temporada. Ele se classificou com o sexto tempo geral da prova. A decisão será nesta segunda-feira, às 15h37 (de Brasília).
O paraense Alan Fonteles, por sua vez, garantiu sua vaga na final dos 100m T64 (amputados de membros inferiores com prótese), com o tempo de 11s22. O brasileiro avançou com a oitava melhor marca entre os finalistas. A decisão será nesta segunda-feira, às 16h35. Envolvido na mesma disputa, o gaúcho Wallison Fortes ficou fora da final, com o tempo de 11s43.