No último sábado (25), o Palmeiras venceu o Cuiabá por 5 a 0. Após uma partida contundente pelo Brasileirão, o técnico Abel Ferreira respondeu às perguntas da imprensa na tradicional entrevista coletiva. Entretanto, um questionamento sobre os problemas físicos e eliminações do clube irritou o treinador, rendendo uma resposta inapropriada.
Em entrevista coletiva, a repórter Alinne Fanelli questionou sobre a lesão de Mayke e teve uma resposta desproporcional do treinador, que afirmou: “Vocês têm que entender é que tenho que dar satisfação a três mulheres só: minha mãe, minha mulher e a Leila. Elas são as únicas que podem me pedir explicação. Infelizmente, aconteceram coisas dentro do clube em agosto. A pior delas foram as lesões. Umas que vocês souberam e outras não”.
Em programa esportivo “Posse de Bola” do Portal UOL, o comentarista Arnaldo Ribeiro abriu o jogo sobre os comentários de Abel Ferreira: “A cada dia que passa, aí que conhece melhor. E eu acho que está mais do que evidente que por trás de um ótimo técnico e um sujeito insuportável. Tudo isso no mesmo pacote. Mal-educado, sempre foi, insuportável, grosso”.
Para Arnaldo Ribeiro, as atitudes de Abel Ferreira não tiram os fatos como treinador que renderam grandes números e títulos. Entretanto, o jornalista esportivo foi categórico sobre a postura do comandante como pessoa: “Eu gostaria de ter distância, sinceramente”. Após o incidente, houve cobrança dos torcedores para um posicionamento de Leila Pereira e o técnico do Palmeiras emitiu um comunicado pedindo desculpas.
Através das suas redes sociais, Abel Ferreira publicou uma nota com os seguintes dizeres: “Após o jogo de ontem, ainda no ônibus que nos trouxe de volta a São Paulo, telefonei para a repórter Alinne Fanelli a fim de lhe dizer que não tive, de forma alguma, a intenção de lhe causar qualquer constrangimento. Utilizei a pergunta da referida profissional para transmitir uma mensagem que já estava na minha cabeça, sem me dar conta de que, naquele contexto, a declaração poderia gerar uma interpretação diferente e soar hostil.
Quando concedo uma entrevista coletiva, entendo que não estou respondendo diretamente à repórter, ou ao repórter, que me faz a pergunta, mas sim a todos os presentes na conferência, e também aos nossos atletas e torcedores e a todos aqueles que acompanham por diferentes veículos de comunicação. Tanto é verdade que, nesta mesma resposta, eu utilizo o pronome “vocês”, no plural, em vez de ”você”.
Lembro que, também, na entrevista de ontem, expressei a minha admiração pela presidente Leila Pereira e o orgulho que sinto por ser liderado por uma mulher. Reconheço, contudo, que fui infeliz em minha resposta e, por esse motivo, fiz questão de procurar a Alinne e me retratar e esclarecer o que considero ter sido um mal-entendido.”
