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Futebol Internacional

Bilbao escreve uma linda história e volta a ser campeão após quatro décadas; veja os lances

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Foto: Icon Sport

Em uma das finais mais improváveis dos últimos anos na Copa do Rei, Athletic Bilbao e Mallorca mediram forças neste sábado (6), no Estádio Olímpico de La Cartuja (Sevilha). Equilíbrio, disputas intensas, reviravoltas e uma atmosfera digna de decisão. As duas equipes protagonizaram grande espetáculo e o vencedor só foi conhecido nos pênaltis. Após empate por 1 a 1 no tempo normal e prorrogação, os Leões do País Basco levaram a melhor na marca da cal (4 a 2), encerraram uma seca de 40 anos e soltaram o grito de campeão.

Mallorca se aproveita de um Bilbao disperso e larga na frente

20 segundos. Este foi o tempo que o Athletic Bilbao levou para finalizar pela primeira vez na final. Nico Williams se aproveitou de bola mal rebatida pela defesa do Mallorca, invadiu o campo de ataque e errou o alvo no chute. O arremate não levou perigo, é verdade, mas soou como um cartão de visitas dos Leões, que começaram mais ligados na partida.

Passes curtos, duelos físicos no meio-campo, faltas em excesso e ligações diretas. O início da decisão em Sevilha foi mais brigado do que jogado e mostrou o comprometimento tático de ambos os times. Ninguém tirava o pé de dividida e o equilíbrio falou. Apesar da superioridade técnica e favoritismo do Bilbao, o Mallorca conseguiu igualar as forças com uma postura agressiva na marcação. E aos 20′, em um bate e rebate insano na área, abriu o placar. Antonio Raillo ajeitou para Dani Rodríguez que, com chute colocado, venceu o goleiro Julen Agirrezabala.

O Bilbao acusou o golpe e sentiu o gol do Mallorca. Claramente nervoso e incomodado em campo, o time do País Basco abusou de faltas desnecessárias e passes errados. Até tinha mais a bola, mas não sabia o que fazer com ela. A estratégia montada por Javier Aguirre, técnico dos Piratas, deu certo na etapa inicial. Sua equipe estacionou um ônibus na intermediária defensiva, competiu intensamente na faixa central e, de quebra, conseguiu um gol em jogada de bola parada (escanteio).

Bilbao empata e leva decisão para prorrogação

Se no 1º tempo, Nico Williams, do Bilbao, finalizou com menos de um minuto, na etapa complementar foi a vez de Larin, do Mallorca. Acionado nas costas da defesa, o atacante canadense invadiu a área e parou em defesa providencial de Agirrezabala. Após o susto, os bascos enfim se acertaram, conseguiram furar o bloqueio defensivo dos Piratas e fizeram o adversário sentir, na prática, o ditado “quem não faz, leva”. Nico roubou a bola na intermediária ofensiva e descolou passe açucarado para Sancet, que enviou um míssil, no ângulo de Dominik Greif: 1 a 1.

A confiança mudou de lado depois do gol de empate. Antes disperso e desorganizado, o Bilbao melhorou sua postura, aumentou o volume ofensivo e encurralou o Mallorca, que passou a só se defender. A posse de bola chegou a bater 82% x 18% em determinado momento. Uma pressão absurda e incessante que, aos poucos, foi se arrefecendo. Os Piratas souberam sofrer, absorveram as investidas adversárias e seguraram o empate.

Empate persiste na prorrogação

Veio a prorrogação e o cansaço físico (e mental) bateu nos dois times. A configuração da partida, todavia, se manteve a mesma: Bilbao protagonista com a bola e Mallorca fechando os espaços e jogando no erro dos bascos. Fresco na partida, Muniain teve duas boas chances de desempatar. Praticamente da marca do pênalti, o atacante dos Leões pegou mal e mandou por cima. Posteriormente, cobrou falta com perigo e tirou tinta da trave. Já na metade do 2º tempo, foi a vez de Nico Williams perder cara a cara com Greif.

De resto, dois choques fortes de cabeça, muitas ligações diretas e chutes bloqueados. Em resumo, o placar não foi mais alterado e o campeão teve de ser decidido nos pênaltis.

Agirrezabala brilha, Bilbao supera Mallorca e é campeão

Muriqi abriu os trabalhos e colocou o Mallorca na frente. Raúl García respondeu à altura e empatou. Na sequência, Morlanes parou em Agirrezabala e Muniain tomou a dianteira para os bascos: 2 a 1.

Em cobrança tenebrosa, Radonjic isolou. Melhor para Vesga, que converteu e deixou o Bilbao muito perto do título. Com arremate no meio do gol, Antonio Sánchez manteve o Mallorca vivo. Mas não teve jeito. Berenguer não deu sopa para o azar, acertou o cantinho e encerrou o jejum dos Leões do País Basco.

Relembre as campanhas de Athletico Bilbao e Mallorca na Copa do Rei

Athletic Bilbao

  • Rubí 1 x 2 Athletic Bilbao
  • Club Deportivo Cayón 0 x 3 Athletic Bilbao
  • Eibar 0 x 3 Athletic Bilbao
  • Athletic Bilbao 2 x 0 Alavés
  • Athletic Bilbao 4 x 2 Barcelona
  • Atlético de Madrid 0 x 1 Athletic Bilbao

Mallorca

  • Boiro 0 x 4 Mallorca
  • Egüés 0 x 3 Mallorca
  • Burgos 0 x 3 Mallorca
  • Tenerife 0 x 1 Mallorca
  • Mallorca 3 x 2 Girona
  • Mallorca 0 x 0 Real Sociedad
  • Real Sociedad 1 (4) x (5) 1 Mallorca

Maiores campeões da Copa do Rei

  • Barcelona – 31 títulos
  • Athletic Bilbao – 24 títulos
  • Real Madrid – 20 títulos
  • Atlético de Madrid – 10 títulos
  • Valencia – 8 títulos
  • Real Zaragoza – 6 títulos
  • Sevilla – 5 títulos

*O Mallorca tem um título de Copa do Rei, conquistado na temporada 2002/03

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