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Olimpíadas

Com apelidos inusitados, vaias e muita dança, o breaking faz sua estreia nas Olimpíadas de Paris

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 Elsa/Getty Images

Música alta, uma plateia participativa, muita dança e apelidos para lá de curiosos. Assim foi a estreia do breaking nas Olimpíadas de Paris. Depois do skate, surf e escalada “debutarem” em Tóquio, foi a vez de mais uma modalidade “urbana” entrar no programa olímpico.

O breaking está sendo disputado em Paris na Praça da Concórdia, no mesmo local onde também foram realizados o skate, ciclismo BMX freestyle e basquete 3×3. O feminino será todo realizado nesta sexta (09) e o masculino neste sábado (10).

A arena montada para receber a nova modalidade estava lotada, inclusive com assentos muito próximos do “palco” para personalidadeds como Snoop Dogg, que inaugurou o evento, e Bam Adebayo, da NBA. A estrutura onde os atletas se enfrentam é circular e fica bem no centro das arquibancadas. Atrás dela, fica a tribuna dos jurados e também dos DJs.

Mesmo sendo a única modalidade do dia no Parque da Concórdia, muitas pessoas compraram os ingressos que não davam acesso à arena em si, mas que conseguiam acompanhar dos telões espalhados pelo local e também observar outras apresentações. Além disso, havia uma área inclusive em que os visitantes poderiam fazer uma aula coletiva da modalidade.

Em cada combate, o DJ tocava uma música diferente e improvisada, ou seja, os atletas não sabiam qual seria suas trilhas sonoras. Além disso, as b-girls e b-boys não podem repetir suas sequências na mesma competição.

Com as arquibancadas lotadas, a torcida francesa era a esmagadora maioria e vibrou muito com as atletas da casa. Estados Unidos e China estavam atrás, mas com muitas bandeiras.

Durante toda a competições, dois “mestres de cerimônias” explicavam as regras e anunciavam os adversários. Um dos MC’s falava em inglês e outro em francês.

Outro detalha de breaking é que os competidores, chamados de b-boys e b-girls, são anunciados e aparecem oficialmente com seus apelidos. Um dos mais curiosos é o da chinesa 671 e da americana Logistx.

Assim como a maioria dos esportes nos Jogos Olímpicos de Paris que envolvia notas, os jurados não passaram impune. Quando Carlota, da França, fez uma bela apresentação, mas perdeu para a ucraniana Kate na opinião de 7 dos 9 juízes, uma sonora vaia ecoou pela arena. Os MC’s chegaram a repreender a torcida, dizendo que o trabalho dos jurados era muito difícil e técnico.

No entanto, não foram só as derrotas das francesas que mexeram com a torcida. Quando a italiana Anti deu um show, mas perdeu para a japonesa Ami, mas vaia, dessa vez mais tímida, saiu da arquibancada.

Alguns brasileiros estiveram presentes para acompanhar a competição, mesmo sem nenhum representante do país na disputa, uma vez que o Brasil não conseguiu classificar nenhum b-boy ou b-girl para as Olimpíadas.

“A gente veio ver a estreia do breaking. Acho muito interessante colocar o breakdance nas Olimpíadas, meio inusitado, mas é interessante.”, disse Luana

O esporte gerou curiosidade da brasileira que veio com os filhos assistir a nova modalidade e também as apresentações de skate e BMX que também acontecem na Praça da Concórdia.

“Eu me pergunto como eles acharam esses atletas, porque devem ter muitos que não são federados. Acho que para ficar tão popular como o skate e o surfe, precisa buscar esses atletas de rua e trazer para as Olimpíadas.”, completou a brasileira.

Aparentemente, os franceses também gostam muito da modalidade e eram maioria também nos arredores da arena.

“Eu gosto muito do breaking por causa da dança. Os movimentos são muito difíceis e espetaculares. Eu gostei muito que virou uma nova modalidade olímpica. Tenho certeza que a nova geração vai curtir muito.“, contou Anne, que estava torcendo para Logistx, dos Estados Unidos e Carlota, da França.

ESPN

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