Foto: Rudy Carezzevoli/Getty Images
Nem só pelos largos sorrisos e pelos “shoeys” de gosto duvidoso que Daniel Ricciardo será lembrado. O carismático australiano se despede da F1 2024 depois que a RB optou por romper o contrato com o piloto e promover o jovem Liam Lawson para seu lugar no restante da temporada. Do alvorecer na modesta Hispania em 2011, disputou 257 corridas ao longo de 14 temporadas, conquistou oito vitórias, três poles e incontáveis fãs ao redor do mundo.
Após o anúncio oficial da saída, Ricciardo se manifestou pelas redes sociais e destacou o amor pela F1 e a gratidão a todos que fizeram parte da sua carreira:
Eu amei esse esporte minha vida toda. É louco, maravilhoso e tem sido uma jornada. Aos times e indivíduos que fizeram a sua parte, obrigado. Aos fãs que amam esse esporte às vezes mais do que eu, obrigado. Sempre há altos e baixos, mas tem sido divertido e, verdade seja dita, eu não mudaria isso. Até a próxima aventura – disse Ricciardo em seu post no Instagram.
O piloto de 35 anos, nascido em Perth, entrou para o programa de jovens pilotos da RBR ainda em 2008 e recebeu a primeira oportunidade na categoria pela Hispania, em 2011. A equipe, insatisfeita com o indiano Narain Karthikeyan, resolveu substituí-lo a partir do GP da Inglaterra pelo então novato Ricciardo. O melhor resultado naquela temporada foi um discreto 18º lugar, mas o desempenho apresentado com um equipamento muito inferior foi o suficiente para convencer a STR a apostar no jovem australiano a partir de 2012.
E foi justamente na sua corrida de casa, em Melbourne, que Ricciardo marcou os primeiros dos seus 1329 pontos até agora ao cruzar a linha de chegada na 9ª posição. Já no ano seguinte, conseguiu furar a fila em relação ao seu companheiro de equipe, Jean-Éric Vergne, e foi promovido para a equipe principal para substituir o conterrâneo Mark Webber que se aposentou ao final de 2013.
Naquele momento, Ricciardo dava o maior passo da carreira até então ao desembarcar na melhor equipe do grid tendo ao seu lado o tetracampeão Sebastian Vettel. Com um carro competitivo, terminou em 3º no mundial de pilotos de 2014, com 71 pontos de vantagem sobre Vettel. Com as vitórias conquistadas no Canadá, Hungria e Bélgica, o australiano se estabeleceu entre os principais pilotos da categoria e era visto à época como um futuro campeão mundial.