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Diniz comenta saída da seleção, admite acordo para não sair do Fluminense e revela conversa com Dorival

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Foto: André Durão

Fernando Diniz voltou ao banco de reservas do Fluminense nesta quinta-feira (1º), mas um outro assunto acabou voltando à tona: a seleção brasileira.

Em entrevista coletiva após a goleada sobre o Bangu, o treinador falou publicamente pela primeira vez depois de ser desligado do cargo pela CBF.

“O que posso falar em relação a seleção brasileira foi o maior prazer ter tido essa oportunidade, trabalhei com afinco total no tempo que estive lá. Processo de transição difícil, muitos jogadores da Copa do Mundocom algum tipo de problema, alguns jogadores que a gente viu que tinha idade avançada para outra Copa resolvemos apostar para ir reformulando”, disse o comandante, que exaltou o trabalho, apesar dos resultados.

“O trabalho em si estava sendo muito bem feito e eu tinha muita confiança que aquilo ia gerar frutos importantes para a seleção. Isso eu conseguia ver nos treinamentos, na relação com os jogadores, com o estafe. Agradeço a oportunidade que foi dada, eu tenho plena convicção que o trabalho foi muito bem feito. As vezes o resultado do campo não acompanha o trabalho de maneira imediata”, completou.

“Saio da seleção, no sentido de ter entregado o melhor, de ter criado relações boas, principalmente com jogadores e estafe que estavam comigo”, acrescentou.

Quando foi desligado, Diniz ouviu de Ednaldo Rodrigues que existia um compromisso com o presidente Mário Bittencourt de não tirar o treinador do Fluminense em definitivo.

“O presidente colocou em seu discurso, em relação a minha saída, o compromisso que tinha com o Mário, de não me tirar do Fluminense. Essa conversa de fato existiu, comigo e com o Mário quando estivemos na CBF”, afirmou.

Fazendo uma avaliação sobre o tempo em que comandou a seleção, o treinador voltou a exaltar o trabalho interno e lamentou que não lhe foi dado tempo para melhora nos resultados.

“Queria que fosse diferente, mas águas passadas e temos que seguir a vida em frente. Eu tenho muita clareza daquilo que fiz para a seleção brasileira e do meu contato dos jogadores. Eu tinha muita convicção que aquilo com mais tempo iria dar resultados importantes. Para quem estava internamente no trabalho acho que tinha nitidez do que estava sendo feito”, avaliou.

“Seis jogos é uma amostragem muita pequena. Infelizmente falamos dos resultados de curto prazo, canso de falar que é um dos males do futebol brasileiro. O trabalho de qualquer pessoa precisa de tempo. Contra a Argentina foi um grande jogo que a seleção fez, que não teve resultado. Aquilo com a sequência do trabalho muito provavelmente a gente iria melhorar a performance e os resultados aconteceriam”, continuou.

Perguntado se teve alguma conversa com Dorival Júnior, seu sucessor no cargo, Diniz revelou uma troca de mensagens entre ambos. “A gente ainda não conversou pessoalmente, trocamos mensagens curtas apenas”.

ESPN

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