Timão arca apenas com juros do financiamento da Arena e começará a quitar principal só no ano que vem
A dívida do Corinthians com a Caixa Econômica Federal pelo financiamento da construção da Neo Química Arena é de aproximadamente R$ 706 milhões atualmente.
O valor emprestado pelo banco ao Corinthians em 2013 foi de R$ 400 milhões, mas, mesmo com pagamentos de parcelas pelo clube, aumentou 76,5% ao longo dos últimos 11 anos devido a juros, correções e outros encargos.
Em 2022, após longa negociação, Corinthians e banco estabeleceram novos termos para a quitação do financiamento. Na época, o saldo era de R$ 611 milhões. Porém, a estatal ofereceu uma carência no pagamento até o fim daquele ano, e assim o valor aumentou.
A dívida corintiana é reajustada pelo CDI (Certificado de Depósito Interbancário, que acompanha a taxa Selic) + 2% ao ano. Isso representa 13,25% atualmente.
Em 2024, o Corinthians prevê repassar cerca de R$ 80 milhões à Caixa, em parcelas pagas a cada trimestre. A primeira será quitada neste mês e as outras, em junho, setembro e dezembro.
Neo Química Arena, a casa do Corinthians — Foto: Bruno Granja/Corinthians
Estimativas alvinegras dão conta de que o clube já pagou R$ 265 milhões ao longo destes 11 anos. Segundo o ex-diretor financeiro corintiano, Wesley Melo, até 2017 já tinham sido repassados R$ 165 milhões ao banco. No ano passado foram mais cerca de R$ 100 milhões.
Desde 2023 o clube paga apenas os juros do financiamento. A partir de 2025, começará a amortizar o valor principal.
O Corinthians tem até 2041 para quitar a dívida, mas negocia com a Caixa uma alternativa para se livrar antes dessa pendência. Proposta apresentada pela antiga direção alvinegra, em 2023, foi recusada pela estatal.
Em fevereiro, dirigentes do clube se reuniram com o presidente do banco em Brasília para tratar do assunto. Uma nova oferta deve ser apresentada pelo Corinthians em breve.