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Dorival Jr. reconhece que Brasil podia mais contra o Equador, mas argumenta: “É um processo”

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O técnico Dorival Júnior reconheceu que o Brasil teve dificuldades no segundo tempo da vitória contra o Equador, mas fez questão de destacar que a Seleção Brasileira passa por um processo de mudanças e que o time só vai render melhor com o tempo. O comandante entende que seus comandados estão em um momento de recuperação de confiança depois dos resultados ruins nas Eliminatórias e da eliminação na Copa América.

“É um processo de mudanças. Temos que respeitar etapas e processos. E os processos podem ser morosos, demandam tempo, paciência. Peço aos torcedores para que tenham calma. Vamos recuperar a confiança da Seleção. Temos jogadores de muito bom nível, que atuam nos maiores clubes europeus e brasileiros. Daqui a dois anos, teremos uma Seleção muito equilibrada, agressiva, jogando de uma maneira regular, transmitindo uma confiança maior do que nesse momento. Estamos em um processo de recuperação e precisamos ter calma pelo momento que estamos passando”, disse Dorival em entrevista coletiva nesta sexta-feira.

O treinador aproveitou para destacar a força do adversário, que havia perdido apenas para a Argentina nessas Eliminatórias. O Brasil venceu os equatorianos por 1 a 0 com gol de Rodrygo no primeiro tempo.

“Não podemos nos esquecer do que vinha acontecendo com nossa equipe. Às vezes nos esquecemos rapidamente dos fatos. A gente vinha de quatro resultados negativos nas Eliminatórias, enfrentamos uma equipe que perdeu apenas uma vez na competição, para a Argentina, pelo placar de 1 a 0. Jogo complicado, o Equador fez boa Copa América, foi desclassificado nas penalidades. As pessoas precisam ter consciência do estágio que estamos, do primeiro tempo que nós fizemos”, disse.

“Buscamos o resultado, mexemos nos segundo tempo para manter o que construímos na primeira etapa. Queríamos mais, a equipe adversária foi muito competente. Nós não passamos dificuldades dentro da partida, não fomos atacados. Não teve chance praticamente criada, com exceção do lance no final na primeira etapa, em que Alisson teve boa saída”, complementou.

Longe de ser brilhante, o Brasil controlou a partida e teve consistência defensiva contra um Equador que pouco ofereceu perigo, apesar de ter melhorado na segunda etapa. No ataque, Rodrygo fez a diferença com chute de fora da área na primeira etapa e garantiu a vitória brasileira.

Com o resultado positivo, o Brasil subiu para a 4ª posição das Eliminatórias, com 10 pontos conquistados. Na próxima terça-feira, a Seleção visita o Paraguai às 21h30 (de Brasília), também pelo torneio classificatório para a Copa do Mundo.

Veja outros trechos da coletiva de Dorival Jr.:

Ajuste ofensivo sem Pedro

“Nós tínhamos a intenção de trabalhar com um homem fixo, mas com a lesão de Pedro mudamos de ideia. Optamos pela formação que usamos contra Espanha e Inglaterra. Isso dificulta um pouco, a gente tem jogadores de muito nível, decisivos, mas hoje atacamos bastante a última linha adversária, principalmente na primeira etapa. Tivemos movimentos combinados entre meias, pontas e laterais dos dois lados. Tentamos jogadas por dentro. Rodrygo teve espaço interessante entre os volantes, ele se projetava, saía de maneira inteligente, dificultando a marcação. Faltou um detalhe ou outro, acreditar mais nessas aproximações. Isso demanda tempo, trabalho. É moroso até que se busque essa condição. A equipe vem evoluindo. Ajustes não acontecem do dia para a noite, é um começo de temporada para muitos. Estamos buscando um caminho, melhorando a cada momento. Para nós é visível, mas entendo que não agrada de maneira total. Queria manter o mesmo rendimento da primeira etapa, mas ainda vamos chegar nessa condição”.

Desempenho abaixo de Vini Jr.

“Como nós queremos ver na condição de um atleta que ele produza a todo momento como faz no clube. Temos ciclos dentro dos próprios clubes, momentos em que Rodrygo vai ser o destaque em um, dois meses, logo menos o Vini entra nessa mesma condição. É um começo de temporada para esses jogadores, não tivemos um volume físico do Equador ao longo dos 90 minutos. Tentamos recompor nossa equipe fisicamente no segundo tempo para igualar nesse sentido.

Nós geramos uma expectativa muito grande em garotos que estão em processo de recuperação física de um ano desgastante que tiveram. Temos que ter calma. É a mesma expectativa gerada no Neymar, que ele tem que ser a solução dos nossos problemas.”

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