Fabio Matias conheceu nesta quarta-feira sua primeira derrota como técnico interino do Botafogo, para o Junior Barranquillapor 3 a 1, pela Libertadores. Após a partida, o profissional foi questionado se o noticiário conturbado por causa das denúncias de John Textor de manipulação acabou atrapalhando o time, negou e assumiu a responsabilidade para sim, assumindo a atuação ruim.
– Dentro do processo diário nosso estava tudo controlado. Os atletas também interpretam e entendem isso da melhor forma. Até o presente momento, as escolhas, todas as determinações, tudo que foi ajustado em relação à equipe, em relação à ideia e modelo, parte da minha liderança. Então, se aconteceu hoje a derrota, a possibilidade maior é de quem está frente do comando no momento, que é minha. Então, não vejo essas relações externas prejudicando a questão do trabalho. Foi um dia ruim, foi um dia péssimo. Concordo que a intensidade e a agressividade que a gente vinha executando nos jogos anteriores não tivemos hoje. Contra o Red Bull a gente competiu muito, inclusive com o jogador a menos. Temos mais cinco jogos para fazer. Então, a gente perdeu esse primeiro, a gente tem a condição total de reverter. Todos estão mobilizados para poder trabalhar e para poder dar uma resposta para o torcedor, porque o torcedor quer essa resposta dentro da Libertadores, e na semana que vem também se inicia o Campeonato Brasileiro – afirmou, em declarações reproduzidas pelo “GE”.
Fabio Matias admitiu que o Botafogo entrou desligado no jogo e também deu méritos ao Junior Barranquilla.
– Não foi um jogo bom, principalmente pelo primeiro tempo, e isso é óbvio, a gente sabe disso. Entramos um pouco desfocados, entramos um pouco dispersos, isso faz parte também, infelizmente. Isso nos prejudicou muito. Essas questões do espaço (deles) a gente havia detectado, a gente faltou um pouco de fechar no ajuste da zona central nossa, ali dos médios, em termos de ocupação de espaço. A gente ficou muito mais com umas referências individuais do que referências do espaço, do jogador que estava ali – disse Matias, continuando:
– O time deles foi cirúrgico, teve as oportunidades, teve as chances, fez o gol. O nosso atacar marcando na relação da última linha, em alguns momentos foi prejudicado um pouco. Com pouco de falta de pressão ou de ajuste da primeira linha da nossa equipe. Isso a gente já vinha batendo há algum tempo já para poder ajustar. No intervalo fizemos a correção. A gente precisava ter um pouco mais de paciência, jogar um pouco mais pelos corredores, ter um pouco mais largura de campo, fazer o jogo andar com uma velocidade um pouco maior. Até os 20 minutos do segundo tempo a gente conseguiu ter essa velocidade e não fez o gol. Depois aí a energia, automaticamente, caiu e a gente foi buscar pelo menos o segundo para tentar buscar o empate, mas não conseguimos. Mas que sirva de lição para os outros cinco jogos para classificar dentro de um grupo que vai ser bem disputado, bem difícil.