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Fluminense deixa a desejar e vê resultado ser melhor que a atuação contra Alianza; veja os lances

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Foto: LUCAS MERÇON/FLUMINENSE FC 

Erros de passe em excesso e fragilidade defensiva deixam peruanos perto da vitória; lentidão no ataque e falta de finalizações afastam Tricolor no triunfo

Pior que o esperado. Melhor que o apresentado. Essas definições são bem utilizadas quando falamos do empate em 1 a 1 entre Fluminense e Alianza Lima, nesta quarta-feira, em Lima, no Peru, pela 1ª rodada da fase de grupos da Conmebol Libertadores. Após 17 dias de pausa no calendário devido a Data-Fifa, a expectativa era de que o atual campeão demonstrasse evolução contra um adversário conhecido pela seca de vitórias na competição. Mas, em termos de desempenho, o Tricolor ficou devendo — e o ponto levado na mala é positivo para quem chegou a flertar com a derrota.

Fernando Diniz creditou três fatores ao tropeço: ser pego de surpresa pela linha de cinco defensores do Alianza Lima, o estado ruim do gramado do Estádio Alejandro Villanueva e os muitos erros de passe do Fluminense. Ele está certo em todos. Na verdade, o técnico Alejandro Restrepo, do Alianza Lima, teve muita competência para bloquear as triangulações do Tricolor e juntar jogadores onde a bola estava. Ele é o mesmo que levou o modesto Deportivo Pereira às quartas da Libertadores de 2023. 

Por isso, entender esse empate passa por várias questões. É evidente que ter oito desfalques tem impacto. Ainda mais sendo peças importantes como Paulo Henrique Ganso, Keno, Germán Cano e John Kennedy. Mas são para esses momentos que a reposição existe. O Fluminense foi muito elogiado por ter feito uma boa janela de transferência e encorpado o seu elenco. Então, a cobrança pesa. Não dá para viver só do bônus.

Renato Augusto, que acabou se lesionando, e Marquinhos são nomes com grife que entraram como titulares. No banco, David Terans e Douglas Costa são só dois dos vários reservas que seriam titulares no Alianza. E mesmo diante desta diferença técnica e financeira entre as equipes, o Fluminense chutou só duas vezes em direção ao gol. Douglas Costa, sem perigo, encerrou a ausência de finalizações que vinha desde o gol de John Kennedy, contra o Botafogo, na 11ª rodada da Taça Guanabara. 

Diniz garante que incentiva seus jogadores a finalizarem, mas esse não é o ponto principal. Dentro de campo, o Fluminensetem repetido atuações com um ataque lento e com pouca verticalidade. Marquinhos, e depois Douglas Costa no segundo tempo, foram dois respiros neste ponto. De modo geral, a construção ofensiva seguia uma lógica repetitiva: os jogadores se armavam, tocavam a bola, giravam e esbarravam na boa marcação do adversário. 

Do outro lado, a exposição defensiva já alertada nos primeiros meses da temporada permaneceu. Lentos, Thiago Santos e Felipe Melo tiveram dificuldade para fazer a cobertura quando algo dava errado no ataque. Aqui, os citados erros de passe foram decisivos. O gol do Alianza Lima nasce de um passe forçado por Marcelo. No contra-ataque, a velocidade dos peruanos gerou a oportunidade de perigo e um chute de muita felicidade de Serna venceu Fábio. 

Renato Augusto - Alianza Lima x Fluminense — Foto: LUCAS MERÇON/FLUMINENSE FC

Renato Augusto – Alianza Lima x Fluminense — Foto: LUCAS MERÇON/FLUMINENSE FC 

O lance do gol poderia ter se repetido mais vezes. Ainda na primeira etapa, mais dois erros de passe cederam contra-ataques que pararam em boas salvadas de Fábio e de Thiago Santos. Na segunda, o Alianza Lima teve uma chance enorme para fazer o 2 a 0 após erro de Felipe Melo. Watermann desperdiçou. O Fluminense se notabilizou pelo risco que corre nas partidas. Mas, em 2024, ele tem se mostrado um exagero já que o ataque não consegue compensar. 

O Tricolor só melhorou quando Diniz acionou o “protocolo” André e Martinelli na zaga. Ao entender o estado do gramado e o que o jogo pedia, levou a melhor quando conseguiu espaçar o campo e empurrar o adversário para trás. Marquinhos e Douglas Costa foram fundamentais para fazer a equipe criar mais volume de jogo. Porém, de novo, faltou profundidade para criar chances de perigo. 

O empate de Marquinhos é justo pelo que o Fluminense produziu na segunda etapa, mas o lance do gol passa longe de ser algo pensado ou ensaiado. O mérito é total do atacante de 1,75 cm, que se meteu no meio dos grandalhões da defesa do Alianza Lima e teve felicidade para cabecear bem. Aliás, se é possível destacar um grande ponto positivo nesta partida, é a atuação do camisa 77.

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