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Galvão Bueno reage à atitude da CBF com a seleção brasileira: “Foi um crime”

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Reprodução/YouTube

Profissional dos mais respeitados da mídia esportiva, Galvão Bueno foi o convidado da semana no podcast “Casão Pod Tudo“, no YouTube. O narrador que por muitos anos foi responsável por transmitir as principais conquistas da seleção brasileira ficou na bronca com as decisões recentes da CBF pós-saída de Tite.

“A expressão que vem na minha cabeça e a bagunça geral. O ano de 2023 é um ano para ser esquecido em todos os sentidos ou ser lembrado para que não aconteça novamente. Foi uma série de erros”, dispara Galvão.

Desde a troca no comando, o presidente Ednaldo Rodrigues tinha como objetivo inicial a contratação de Carlo Ancelotti, que tinha vínculo ainda com o Real Madrid. Até a chegada do italiano, ficou definido que Fernando Diniz seria uma espécie de interino. A estratégia, porém, não deu certo.

“A seleção brasileira ficou um ano e pouco sem técnico oficial. É um desrespeito a história do futebol brasileiro, a seleção brasileira. Você [Casagrande] sabe o que significa vestir a amarelinha, eu sei. Houve um desrespeito muito grande”, critica o narrador.

Galvão Bueno conta que a sua preferência era por Ancelotti, mas concorda também que no Brasil haviam boas opões, como Abel Ferreira, Dorival Júnior e Renato Gaúcho.

“No Catar, eu falei para o Ednaldo. ‘O Tite já avisou que está fora sendo ou não campeão. Você já devia estar com o técnico da seleção na cabeça’. Naquela época falava-se muito da necessidade de um técnico estrangeiro. Pra mim competência na tem passaporte, mas tudo é válido. Ele me pediu uma sugestão e sugeri o Carlo Ancelotti”, recorda.

Preferido de Galvão Bueno, Ancelotti tinha acordo para assumir a seleção brasileira

Na ocasião, o Ancelotti foi procurado pela CBF e descartou a chance de deixar o comando do Real Madrid até o encerramento do contrato. Ednaldo, então, garante ter tido um acordo para que ele assumisse o comando na Copa América 2024. Até lá, Diniz teria a missão de iniciar o ciclo.

“A história da seleção brasileira é muito grande, não se pode ficar um ano esperando. Aí vai o Ramón [Menezes], que era um técnico da base. Com todo respeito a ele, não poderia ser o treinador naquele momento. Aí vem o Diniz, que tenho profundo respeito, mas a forma que ele pensa futebol precisa de tempo”, diz Galvão Bueno.

“Agora, o grande problema era ser interino. Você vai pegar agora porque o Ramon não deu certo, mas você vai ficar até maio do que vem, porque em junho o Ancelotti assume na Copa América. E outra coisa, o futebol na cabeça do Diniz é completamente diferente do Ancelotti. Foi tudo feito errado”, completa.

Por um pequeno período, Ednaldo foi retirado do cargo de presidente da CBF. Diante deste cenário, o treinador italiano decidiu renovar o vínculo com os merengues, frustrando os planos da Confederação Brasileira de Futebol.

Diniz, que tinha resultados ruins nas Eliminatórias acabou sendo demitido. Em seu lugar, Dorival Júnior foi o escolhido.

“O que foi feito com a seleção brasileira foi um crime. Um crime de falta de respeito a história da seleção brasileira, o que ela significa”, concluiu Galvão.

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