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Olimpíadas

Italiana de 50 anos se torna a primeira atleta trans nas Paralimpíadas

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Matthias Hangst/Getty Images

A italiana Valentina Petrillo, de 50 anos, deverá se tornar a primeira atleta transgênero a competir nas Paralimpíadas. Com deficiência visual, ela foi convocada para representar a Itália nos 200m e nos 400m em Paris.

Petrillo fez a transição em 2019, e desde então conquistou medalhas de bronze nas duas provas da categoria T12 no Mundial de Atletismo Paralímpico. Antes de realizar a transição, a atleta havia conquistado 11 títulos nacionais entre os homens.

“Sou feliz como mulher e correr como mulher é tudo o que eu quero”, disse a italiana à BBC em 2021.

“É melhor ser uma mulher lenta do que um homem rápido e infeliz.”

Aos 14 anos, Valentina Petrillo foi diagnosticada com a Doença de Stargardt, condição que afeta a visão central e causa dificuldades na percepção de detalhes e cores. No caso da italiana, por exemplo, ela por vezes tem problemas para identificar as linhas pintadas na pista, especialmente em dias de chuva.

Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Internacional, disse que Petrillo será muito bem-vinda para os Jogos de Paris 2024, e espera que o mundo do esporte se una com relação às políticas para atletas transgênero.

“Como todas as pessoas trans que não sentem que pertencem ao seu gênero biológico, não devo ser discriminada. Da mesma forma que raça, religião ou ideologia política não devem ser discriminadas”, disse Petrillo sobre sua participação na Paralimpíada.

CNN

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