(Foto: Gabriel Bouys/AFP)
Jordan Chiles fez um novo apelo à Suprema Corte da Suíça para recuperar o bronze do solo na ginástica artística das Olimpíadas de Paris. Após entrar com o primeiro na semana passada, a estadunidense protocolou um novo pedido contra a decisão do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS/CAS), que entregou a medalha olímpica à romena Ana Barbosu.
Além da ginasta, a Federação de Ginástica dos Estados Unidos (USA Gymnastics) também entrou com um recurso similar na Suprema Corte da Suíça. Os dois apelos pedem que as imagens da gravação de um documentário da “Netflix” sobre Simone Biles sejam consideradas provas.
— Acreditamos que o CAS deve considerar o registro completo de áudio e vídeo que mostra que Jordan, sem dúvida, seguiu todas as regras no solo e em seu inquérito. Não fazê-lo seria fundamentalmente injusto — disse Maurice M. Suh, advogado de Jordan Chiles.
ENTENDA O CASO
Chiles chegou a subir no pódio do solo das Olimpíadas de Paris junto com a campeã Rebeca Andrade e a também americana Simone Biles, vice-campeã. No entanto, após a audiência realizada pelo CAS no dia 11 de agosto, a qual ouviu as partes envolvidas, o órgão considerou irregular o acréscimo de 0.100 dado à nota de Jordan Chiles.
Esse acréscimo permitiu que a ginasta americana superasse duas romenas, Ana Barbosu e Sabrina Voinea. Sem ele, Chiles fica na quinta posição, com 13.666, e Ana e Sabrina seriam as terceiras e quartas colocadas, respectivamente, com 13,700 — Barbosu levou o bronze no critério de desempate de melhor nota de execução.
Segundo o tribunal da Suíça, a irregularidade ocorreu porque o recurso dos Estados Unidos para revisão da nota de Chiles foi pedido quatro segundos depois do prazo estabelecido no regulamento, que é de um minuto após o anúncio da nota.
A USA Gymnastics soltou uma nota sobre a posição de Chiles afirmando que neste momento é sobre “ter paz e justiça” e que todos os direitos de todos os atletas devem ser tratados justamente.
— A evidência audiovisual que o CAS se recusou a considerar prova claramente que a medalha de bronze de Jordan em Paris estava correta. Estamos simplesmente pedindo que o julgamento do CAS seja decidido com base em uma compreensão verdadeira e precisa dos fatos. Como Jordan declarou publicamente, o caso neste momento é sobre sua paz e justiça, e o direito de todos os atletas de serem tratados de forma justa — afirmou em nota a USA Gymnastics.