Foto: Matias Capizzano
Muito se fala do novo esporte de Paris 2024, o breaking, mas as Olimpíadas também marcam a estreia de categorias dentro de modalidades que já são velhas conhecidas do programa dos Jogos. São os casos de kitesurfe, nova classe da vela olímpica, o caiaque cross, prova da já consagrada canoagem slalom, e a marcha por equipes. Nos três casos, as chances de medalha do Brasil são reais.
KITESURFE
O Kitesurfe é uma das classes mais radicais da vela e fará, pela primeira vez, parte do programa olímpico. Os atletas usam prancha e uma pipa grande para deslizar sobre a água, em uma mistura sde mistura surfe, windsurfe e wakeboard. Bruno Lobo, bicampeão dos Jogos Pan-Americanos e quinto colocado no evento-teste disputado em Marseille, local da vela nas Olimpíadas de 2024, tem chance de pódio:
– É um esporte muito bonito de assistir. Tem a pipa, a velocidade que você coloca, muito maior que as outras classes da vela. Os atletas mais jovens realmente se interessam por esse esporte que traz adrenalina – conta Bruno.
CAIAQUE CROSS
Desde a estreia da canoagem slalom no programa olímpico, as provas realizadas são por tempo. Ou seja, cada atleta desce sozinho na pista, passa pelos obstáculos, e aquele que completar o percurso em menor tempo leva o ouro. Para as Olimpíadas de Paris, a novidade está na disputa do caiaque cross. Aí é uma corrida mesmo, com quatro embarcações fazendo o mesmo percurso. Aí, a disputa é mais acirrada, como conta Ana Satila, campeã mundial da prova em 2018:
– Dá aquele friozinho na barriga de ter um atleta ao seu lado, a gente nunca teve isso. Você consegue sentir a respiração de cada um deles. Você consegue ouvir, você sente um nervosismo, a tensão é grande – diz Ana Satila.
REVEZAMENTO DA MARCHA ATLÉTICA
A prova de revezamento da marcha atlética jamais foi disputada em Campeonatos Mundiais. A primeira vez que o Brasil participou de uma competição desse tipo foi nos Jogos Pan-Americanos de 2023, em Santiago, no Chile, e a seleção ficou com o bronze. A dupla foi formada por Caio Bonfim e Viviane Lyra.
O regulamento da prova de revezamento da marcha coloca os dois atletas – um homem e uma mulher- dividido uma distância total de 42km, a mesma da maratona tradicional. Mas não é um revezamento qualquer. Os 10,5km iniciais são feitos pelo homem, depois a mulher corre a mesma distância. Aí, o mesmo homem volta e marcha mais 10,5km, e a mulher fecha a corrida.
O Brasil terá chances de medalha, principalmente depois dos resultados da prova individual do Campeonato Mundial de 2023. Ali, Caio Bonfim foi bronze na prova de 20km, enquanto Viviane Lyra foi oitava colocada. Ou seja, temos um homem e uma mulher entre os melhores do planeta. Isso coloca o Brasil como candidato para a medalha.
GE.