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Larissa Pacheco diz que combate com Cyborg vai ‘entrar para a história do MMA’

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Divulgação

Os fãs de MMA podem aguardar uma luta pegada entre Larissa Pacheco e Cris Cyborg. Em primeiro compromisso na temporada, a atual bicampeã da Professional Fighters League enfrenta a dona do cinturão dos penas no Bellator na “PFL Super Fight’, que acontece no dia 19 de outubro, em Riad (Arábia Saudita).

Pacheco ficou fora do torneio desta temporada para enfrentar uma das adversárias mais duras até aqui. Número 2 do ranking mundial no peso de 66 kg, a lutadora acredita que seu combate com Cyborg vai ser marcado por muita trocação. Ela entende que, pelas características de jogo de ambas as atletas, o encontro no cage da PFL vai causar um novo “boom” no MMA feminino.

– Eu acredito que é muito parecido com o dela. Nós somos atletas agressivas, que andam para frente, que não correm de porrada, que não pensam muito na hora de fazer as coisas, só vai lá e faz. (…) Então assim, vai dar um boom de novo para o MMA feminino. Para mostrar que não são só os homens que fazem isso com qualidade. A gente faz isso com muita qualidade e acredito até que mais. A gente se entrega de um jeito que os caras não se entregam, mesmo perdendo. Então, eu acho que vai dar um estouro novamente. Eu acredito que vai ser uma luta que vai entrar pra história do MMA – explicou Larissa Pacheco em entrevista ao Combate.

Apesar de ter recebido a informação de que o combate aconteceria em fevereiro de 2024, o duelo foi confirmado apenas para o final da temporada, em outubro. Longe das competições desde novembro de 2023, quando venceu Marina Mochnatkina e conquistou segundo cinturão na organização, Larissa faz forte preparação para encarar Cyborg.

Para a atual temporada, Pacheco decidiu se mudar para os Estados Unidos por questões que vão além de sua performance no cage da PFL. Com uma estrutura de treinamento consolidada no Brasil, a lutadora resolveu morar no hemisfério norte por questões financeiras. Apesar da mudança ter interferido na sua rotina de trinos em um primeiro momento, ela constatou que não valia a pena continuar no Brasil.

– Afetou de certa forma (os treinamentos), porque eu tinha uma estrutura toda montada no Brasil. Eu me mudei muito por conta dos impostos, porque eu estava perdendo muito dinheiro nos impostos, pagando dupla tributação. Então assim, é complicado. Eu estava trabalhando meio que para pagar imposto e não estava conseguindo guardar meio que o dinheiro poder me manter por contas de tudo isso. Então, preferi vir para cá (Estados Unidos), porque me dá mais possibilidades, me dá mais projeção – contou.

Além de ser uma chance de aumentar sua notoriedade no MMA, principalmente no cenário nacional, Larissa afirma que o combate com Cyborg pode ser uma oportunidade para sua modalidade voltar a ter mais visibilidade. A bicampeã da PFL ressalta que a aposentadoria de alguns atletas contribuiu para que parte das pessoas deixassem de acompanhar o esporte.

– O MMA já não é um esporte tão visto assim, já não é mais tão falado como era antes, por conta de não ter essas pessoas (Anderson Silva e Amanda Nunes…). Então, assim, eu acho que a luta com ela vai me dar uma projeção gigante. Pode ser que dê uma mudança assim maior na minha carreira e eu posso atingir até o público dela. De certa forma estou atingindo, porque eles estão me vendo – afirmou Larissa Pacheco.

– Cris foi uma das percussoras do que eu faço hoje. Então, não tem como colocar ela no patamar de uma atleta qualquer. As pessoas ainda não me conhecem muito no Brasil. Eu acho que aqui (EUA) eles me conhecem mais do que no Brasil. Até porque a mídia, eu acho que, principalmente pro MMA feminino e pro MMA geral hoje em dia está muito fraca – disse.

Larissa Pacheco começou a lutar profissionalmente em 2012. Nos mais de 10 anos de carreira, a lutadora soma 23 vitórias e apenas três derrotas. Além do cartel recheado de vitórias, a brasileira ficou conhecida por ser a primeira mulher a única mulher a conquistar dois cinturões em categorias diferentes (peso-leve e peso-pena) da PFL.

Uma das principais figuras femininas na história do MMA, Cris Cyborg chega para o confronto com Larissa Pacheco com um cartel repleto de triunfos. Além das conquistas no UFC, a atual campeã peso-pena do Bellator soma 27 vitórias e dois reveses nos seus quase 20 anos de carreira profissional.

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