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Max Verstappen enfrenta o maior jejum de vitórias na Fórmula 1 desde 2021

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Divulgação

Quem diria que a mesma RBR vencedora de 21 em 22 GPs na temporada 2023 e dona de dois triunfos dominantes na abertura do atual campeonato ficaria sem vencer por três corridas consecutivas? Max Verstappen foi apenas quinto colocado no frustrante GP da Hungria deste domingo, vencido por Oscar Piastri de forma inédita. Com isso, igualou uma marca pequena mas indesejada que não lhe ocorria desde 2021.

Para completar o dia ruim, o piloto ainda se envolveu em uma batida com Lewis Hamilton, terceiro colocado, a oito voltas da bandeirada. Em disputa pela última vaga do pódio, o excesso de otimismo do tricampeão não casou bem com a decisão do heptacampeão de não ceder. Terminou em acidente: a RBR do holandês foi erguida, por trás, pelo bico da Mercedes do veterano.

A última vez que Max passou tanto tempo sem vencer foi em 2021, ano de seu primeiro título na F1 – conquistado após disputas antológicas com Hamilton, corrida a corrida. A indigesta seca do holandês, na época, começou com a virada histórica do heptacampeão no GP de São Paulo, prova na qual ele foi de décimo a primeiro colocado.

Depois, Hamilton também venceu os inaugurais GPs do Catar e Arábia Saudita. E chegou perto de também levar a melhor em Abu Dhabi, superando o pole Verstappen na largada, mas foi ultrapassado por Max na última volta sucedendo uma série de transgressões da direção de prova ao regulamento.

De lá pra cá, Verstappen praticamente só soube o que era vencer: foi bicampeão em 2022, primeiro ano do novo carro da F1, levando a melhor em 15 de 22 corridas. Na temporada seguinte, faturou o tricampeonato vencendo 19 vezes. Mas 2024 tem se provado diferente.

Tudo começou na Austrália, quando uma quebra praticamente inédita o tirou da corrida: Max não abandonava uma prova há dois anos, uma sequência de 42 GPs. Desde então, ele não conseguiu manter uma sequência maior que duas vitórias consecutivas na temporada 2024.

Verstappen venceu no Japão e China, mas perdeu para Lando Norris em Miami. Voltou a triunfar no GP da Emilia-Rmomagna, mas foi apenas sexto em Mônaco, onde Charles Leclerc subiu ao topo do pódio. No Canadá e Espanha ele foi imparável; porém, não vence desde a Áustria, onde também bateu (com Norris).

No Circuito de Spielberg, ele rivalizou com o britânico da McLaren nas 20 voltas finais da corrida, que começou da pole position. Porém, o tricampeão sofreu com um pit stop lento, travou os pneus na pista e levou 10s pelo contato que tirou o rival da corrida. Vitória de George Russell, da Mercedes.

Na Inglaterra dominada pelos britânicos Hamilton e Norris, Max foi apenas um coadjuvante; foi ultrapassado até pela McLaren de Oscar Piastri, embora tenha ganhado fôlego no fim e ameaçado a vitória do heptacampeão da Mercedes.

Neste domingo, na Hungria, Verstappen não fez valer a vantagem que tinha sobre o veterano: mesmo largando em terceiro, à frente do rival na quinta colocação, faltou ritmo. Além disso, a RBR acabou sem muitas opções diante da vantagem estratégica da Mercedes com seu pit stop antecipado.

Max não reclamou pouco pelo rádio durante toda a corrida, que começou com ele tendo que devolver, completamente à contragosto, o segundo lugar que tomou de Norris saindo da pista. O tricampeão chegou a ouvir, da RBR, que estava sendo infantil. A cereja do bolo foi a batida com Hamilton a oito voltas do fim; o lance está sob investigação.

Vale destacar que a RBR chegou ao Circuito de Hungaroring com esperanças: o time trouxe o pacote de atualizações mais importante, até aqui, para o seu carro. Nele, apostou em mudanças no chassi na região da cobertura do motor, além do halo, asa dianteira e suspensão dianteira.

O objetivo era melhorar o fluxo do ar no RB20 e também a refrigeração da parte interna do carro, em um circuito reconhecido pelas altíssimas temperaturas e por não ser tão veloz. Nos treinos, a equipe austríaca pareceu promissora e pôs Max entre os três mais rápidos. No sábado, porém, ele esteve longe de alcançar as McLarens na disputa pela pole; no domingo, nada mudou.

A terceira derrota consecutiva, mais o fim de semana apagado de Sergio Pérez, deixaram a RBR à mercê da evolução da McLaren no campeonato de construtores: a mais nova vice-líder agora está a apenas 51 pontos da equipe austríaca.

E considerando que o máximo de pontos que uma equipe pode conquistar em um fim de semana é 44 (25 da vitória, um da volta mais rápida e 18 do segundo lugar), a RBR pode ter uma drástica mudança de cenário daqui a duas corridas: justamente no GP da Holanda, casa de Verstappen.

A austríaca faturou 16 pontos com o quinto e sétimo lugares de Verstappen e Pérez. A McLaren, 43.O tricampeão, no entanto, ainda lidera o campeonato de pilotos com mais folga: tem 265 pontos contra 189 de Norris, uma vantagem de 76 pontos.

A F1 retorna já no próximo fim de semana com o GP da Bélgica, válido como a 14ª etapa da temporada.

GE

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