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Na Ferrari, Lewis Hamilton terá maior salário da F1; veja valores

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Foto: Reprodução F1

US$ 100 milhões: na Ferrari, Lewis Hamilton terá maior salário da F1

Contrato do heptacampeão com a equipe italiana terá duração de duas temporadas a partir de 2025, com opção de renovação por mais uma; confira outros bastidores do bombástico anúncio

Mais de um dia após a mais bombástica transferência da Fórmula 1 desde a ida de Ayrton Senna para a Williams em 1994, os bastidores da mudança de Lewis Hamilton da Mercedes para a Ferrari a partir da temporada 2025 começam a emergir. Junto com eles, os motivos pelos quais o heptacampeão topou sair da zona de conforto do time alemão, onde completará 12 anos em 2024, para realizar um sonho de infância e assumir o desafio de liderar a maior equipe da maior categoria do automobilismo mundial em uma das piores fases de sua história. Aquela mesmo que tem torcedores tão apaixonados – e que cobram tanto – quanto os de um time grande e tradicional de futebol: os famosos tifosi. E que precisa urgentemente de vitórias e títulos, já que vive um dos maiores jejuns de sua história – 16 anos sem conquistar o Mundial de Construtores e 17 sem o Mundial de Pilotos. 

Voando Baixo traz alguns detalhes do acordo entre Lewis Hamilton e Ferrari. A marca italiana não esconde a intenção de contar com o heptacampeão já há alguns anos. Alguns flertes já aconteceram, mas não tinham ido adiante. Entretanto, foi em 2023, pouco antes do inglês assinar a renovação de contrato com a Mercedes, que uma investida mais séria foi realizada. E capitaneada por ninguém menos que o americano John Elkann, CEO da Exor, fundo de investimento da família Agnelli que controla a Ferrari. Ele já havia sido o responsável por levar ninguém menos que Cristiano Ronaldo para a Juventus, que também pertence ao grupo. A intenção era ter Hamilton na Ferrari já em 2024, mas a negociação não evoluiu. O inglês fechou com a Mercedes por dois anos (soubemos agora que por um com opção de mais um), mas o canal com Elkann foi inaugurado. E eles mantiveram contato desde então. 

Neste ponto, todos acreditavam que Hamilton estaria preso à Mercedes até o fim de 2025. Nas férias da Fórmula 1, contudo, Hamilton e Elkann voltaram a conversar. Frustrado com as perspectivas da equipe alemã para os próximos dois anos e também com a negativa da montadora alemã em transformá-lo em embaixador da marca até 2035, o heptacampeão passou a considerar seriamente a realização de seu sonho de infância: correr pela Ferrari. As conversas evoluíram bem e um acordo foi fechado: Hamilton assinou um contrato de duas temporadas com opção de mais uma com a equipe italiana que vai transformá-lo no piloto mais bem pago da atualidade na F1. O inglês vai receber um total de US$ 100 milhões por temporada (R$ 500 milhões), sendo US$ 80 milhões (R$ 400 milhões) como salário e US$ 20 milhões (R$ 100 milhões) como bônus para o “Mission 44”, iniciativa do heptacampeão que apoia a inserção de jovens de minorias sociais no automobilismo. Para efeito de comparação, o tricampeão Max Verstappen recebe atualmente um máximo de US$ 70 milhões (R$ 350 milhões) por temporada da RBR, mas apenas se cumprir todas as metas estipuladas em contrato. 

Além disso, Hamilton continuará tendo liberdade para apoiar as causas sociais que bem desejar, nos mesmos moldes do que o contrato atual com a Mercedes prevê. E tomar as ações e atitudes que achar mais adequadas para isso. Ainda neste campo, mas em termos financeiros, Elkann também ofereceu um fundo de investimento que será criado pela Exor para os projetos do heptacampeão fora das pistas. O valor disso? €250 milhões, cerca de R$ 1,3 bilhão. Tudo isso, que está no contrato assinado pelo inglês com a Ferrari, ajudou muito em seu processo de convencimento. No entanto, foi o projeto esportivo da equipe italiana que fez com que Hamilton topasse o desafio de reerguer uma equipe extremamente tradicional, maior até que a própria Fórmula 1. 

Hamilton chegará a uma Ferrari que passa por um processo de reestruturação comandado pelo francês Frédéric Vasseur, chefe da equipe desde dezembro de 2022. E será peça-chave nesta engrenagem. Novos nomes já começaram a ser captados no mercado: o mais importante deles é o do francês Loic Serra, ex-diretor de desempenho da Mercedes, com mais de 20 anos de experiência na F1, mas que só poderá assumir o cargo em 2025. O heptacampeão também terá carta branca para trazer seus nomes de confiança para fortalecer a estrutura da equipe italiana, que hoje tem vários gargalos. O mais conhecido deles seria o do inglês Peter Bonnington, o Bono, engenheiro de corridas de Lewis na Mercedes. Uma proposta deve ser feita em breve. O processo lembra o da chegada de Michael Schumacher na própria Ferrari, em 1996, quando o alemão, ainda bicampeão, trouxe quase todo o corpo técnico da também bicampeã Benetton em 1994 e 1995. Os nomes mais importantes? O engenheiro inglês Ross Brawn e o projetista sul-africano Rory Byrne, que se juntaram ao chefe francês Jean Todt. Esta foi a base técnica que fundamentou o domínio da equipe italiana entre os anos de 2000 e 2004.

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