Diretor da cerimônia de abertura insistiu que obra não foi a inspiração
- Marie-José Perec e Teddy Riner acendem a pira olímpica, que ficará em um balão sobre os jardins das TulheriasCrédito: Marijan Murat/picture alliance via Getty Images
Os organizadores da Olimpíada de Paris 2024 pediram desculpas pelo que alguns críticos descreveram como uma paródia de “A Última Ceia” durante a cerimônia de abertura na sexta-feira (26).
A cena contou com artistas e dançarinos e foi muito criticada pela Igreja Católica e por grupos cristãos. A Igreja Católica Francesa disse que as festividades “incluíram cenas de zombaria do Cristianismo”.
“Nunca tivemos a intenção de desrespeitar qualquer grupo religioso”, disse a porta-voz de Paris 2024, Anne Descamps, em entrevista coletiva neste domingo (28).
“Pelo contrário, acho que tentamos celebrar a comunidade, a tolerância. Acreditamos que essa intenção foi alcançada. Se alguém se sentiu ofendido, é claro que lamentamos muito.”
Embora a cena tenha sido alvo de críticas, a cerimônia de abertura também foi bastante elogiada, com alguns usuários notando que a cena lembrava mais outras obras, como “O Banquete dos Deuses” de Johann Rottenhammer e Jan Brueghel.
Thomas Jolly, o diretor da cerimônia de abertura, insistiu que “A Última Ceia” não foi a inspiração em uma entrevista à afiliada da CNN, BFMTV.
“Dionísio vem à mesa porque ele é o deus grego da celebração e essa sequência é chamada de ‘festival’”, disse Jolly.
“O deus do vinho, que também é uma joia francesa e pai de Sequana, a deusa ligada ao rio Sena. A ideia era criar uma grande festa pagã ligada ao deus do Olimpo, e vocês nunca encontrarão em mim, nem no meu trabalho, qualquer desejo de zombar de alguém.”