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Apesar da pressão da torcida e da mídia, Mauricio Pochettino garante que não vai abandonar o barco no Chelsea
O Chelsea vive mais uma temporada decepcionante. Após o vice na Copa da Liga Inglesa para o Liverpool, os Blues ocupam a singela 11ª colocação da Premier League com 36 pontos, longe de brigar por vaga em competições europeias, mas o suficiente para se afastar da zona de rebaixamento. Com tantos investimentos, Mauricio Pochettino tem sido criticado pela torcida.
Contratado em julho, o técnico argentino ainda não engrenou no comando do Chelsea, ajudando a explicar a pressão da mídia e dos torcedores. Chegou ao ponto de que a torcida dos Blues exigiu a demissão de Pochettino durante o empate com o Brentford por 2 x 2, fora de casa, na última rodada do campeonato. Ao mesmo tempo, a arquibancada entoava o nome de José Mourinho.
Vale lembrar que o Special One fez história no Chelsea em suas duas passagens (2004–07 e 2013–15), ganhando sete títulos importantes. Atualmente, Mourinho está desempregado após ser sacado da Roma. Em meio a esse cenário conturbado, Mauricio Pochettino garantiu que não vai pedir demissão e deu um choque de realidade nos Blues ao explicar o 2023/24 tão abaixo do esperado:
“(Me demitir?) Ah não, não, não! Por que? Nunca! Amamos um desafio. O desafio é enorme e venho aqui para aceitar o projeto e o desafio, sabendo que nunca é fácil com a pressão e a sensação de que você é o Chelsea e precisa vencer”.
O treinador tem contrato com o Chelsea até junho de 2026, com possibilidade de renovação por mais um ano. Os torcedores não estão contentes com o argentino, assim como estão insatisfeitos com o trabalho de Todd Boehly até aqui, que assumiu os Blues em 2022 após a saída de Roman Abramovich. Períodos bem distintos sob o comando do russo em relação ao americano.
Pochettino pede paciência no Chelsea
Por quase 20 anos, Abramovich segurou as rédeas do Chelsea. Nesse período, o russo conseguiu transformar os Blues em uma potência no futebol europeu, ganhando 19 troféus de peso, incluindo Premier League e Champions League. Não à toa, é comum ver torcedores no Stamford Brigde ecoando o nome do antigo dono para expressar seu descontentamento com Boehly.
Com o estadunidense, o Chelsea já gastou mais de £ 1 bilhão (cerca de R$ 6,3 bilhões) em contratações em menos de dois anos. Sob nova direção, os Blues têm apostado em reforços mais jovens, com potencial de crescimento (ou revenda). Consequentemente, o elenco do argentino não dá indícios de que vai mudar da água para vinho imediatamente, precisando de tempo para melhorar.
Essa também é a justificativa de Pochettino, que pede paciência no Chelsea, mas sem deixar de entender a fúria da torcida. Precisando de resultados, o treinador argentino também faz um apelo: não comparar os Blues de Todd Boehly com os de Roman Abramovich. Para ele, a régua é muito diferente em relação ao planejamento dois dois empresários endinheirados:
— É um projeto diferente, hoje é um Chelsea diferente. Meu erro é aceitar vir aqui se você me disser (o contrário). Porque se você vai nos julgar e analisar a situação em comparação com o passado, com certeza ninguém vai ganhar, ninguém vai ter sucesso, ninguém vai ser legal com você.
“Vejo que os torcedores não vão adorar outro treinador porque se você comparar com o passado, quando você está em um projeto diferente… as pessoas precisam entender. Tento explicar, mas tudo bem, se eu falo e mexo a boca, mas você não ouve nada… esse é o ponto”, finalizou Mauricio Pochettino.
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