(Foto: Clive Rose / AFP)
A disputa interna entre Lando Norris e Oscar Piastri ultrapassou as fronteiras da McLaren e virou ponto de discussão em outras equipes do grid também. Depois de Toto Wolff, chefe da Mercedes, e Christian Horner, comandante da Red Bull, terem aconselhado e até ironizado a situação na rival, Carlos Sainz resolveu fazer uma análise mais profunda sobre como funciona o ambiente da Fórmula 1.
Principal concorrente de Max Verstappen na luta pelo título do Mundial de Pilotos, o dono do MCL38 #4 começou o GP da Itália da pole-position e ainda tinha o companheiro de equipe ao lado, criando a situação perfeita para conseguir abrir vantagem, cruzar a linha de chegada na primeira posição e diminuir a larga desvantagem para o neerlandês. Porém, o que aconteceu foi uma história completamente diferente.
Apesar de ter conseguido se manter na liderança nas primeiras três curvas, Norris foi surpreendido por Piastri na entrada da segunda variante, com o australiano contornando a curva 4 por fora e completando a manobra, desta vez por dentro, na 5. Por causa do ataque, Lando perdeu tração e acabou sendo superado também por Charles Leclerc, que ficou com a vitória.
Antes mesmo do início da corrida em Monza, especulava-se sobre a possibilidade do #81 servir como um escudeiro para o britânico, o que claramente não aconteceu. Além de prejudicar o colega de garagem na briga pelo título individual, o duelo interno também atrapalhou a McLaren, que perdeu mais uma grande oportunidade de superar a Red Bull no Mundial de Construtores e ainda viu a Ferrari se aproximar.
Há algum tempo, quando ainda não tinha definido o futuro na F1, Sainz chegou a afirmar que “aprendeu a confiar em poucas pessoas” nos bastidores da classe rainha, pois, de acordo com ele, o automobilismo é um “esporte muito político”. Ao ser questionado pelo jornal espanhol Marca sobre o duelo envolvendo Norris e Piastri, Carlos estendeu o antigo comentário para as relações na pista também.
— Não vi o que aconteceu. Quando você está atrás das McLaren, não dá para saber quem é quem, então não sei como aconteceu. Mas isso mostra que não temos amigos aqui e que não podemos confiar em ninguém — disse.
A Fórmula 1 agora volta às pistas entre os dias 13 e 15 de setembro para o GP do Azerbaijão, em Baku.