foto: GE
Coritiba inova nas contratações de Slimani, Samaris e Jesé em 2023, mas gringos deixam o clube sem brilho; veja outros nomes que chegaram badalados e ficaram longe do esperado
O atacante Slimani deixou o Coritiba e entrou na lista de jogadores contratados com muita expectativa e que não brilharam. Contratado em agosto de 2023, o argelino rescindiu com o Coxa e vai para o KV Mechelen, time da elite da Bélgica.
Slimani foi um dos três gringos que o Coritiba contratou durante o Brasileirão do ano passado, junto com o espanhol Jesé Rodríguez, ex-Real Madrid, e o volante grego Andreas Samaris, ex-Benfica. O treio, porém, ficou longe do esperado – Slimani ainda começou bem, mas não teve sequência – e saiu pela porta dos fundos.
Assim como eles, outros estrangeiros tiveram um cenário parecido em outros clubes do futebol brasileiro nos últimos anos: chegaram com muita badalação, mas depois ficaram longe de brilhar. Relembre alguns deles:
Islam Slimani – Coritiba
O atacante argelino chegou ao Coritiba em agosto e foi recebido no aeroporto com festa da torcida. Ele estreou na derrota do Coxa para o Bahia, no dia 14 de setembro, e jogou pela última vez com a camisa alviverde no dia 11 de novembro. A princípio, ele continuaria no Coritiba em 2024, mas não se reapresentou depois da Copa Africana de Nações, e acabou surpreendendo – e desagradando a diretoria do Coxa.
Aposta em 2023, Slimani não deve ficar no Coritiba em 2024
Jesé Rodríguez – Coritiba
O atacante chegou ao Coritiba em setembro com status de ex-Real Madrid, PSG e outros times do futebol europeu. Porém, fez apenas seis jogos e anotou um gol no futebol brasileiro. Ele foi liberado pelo Coritiba antes mesmo do fim da temporada e disse, em entrevista ao jornal espanhol Marca, que a passagem pelo clube brasileiro é “para esquecer”.
As contratações de videogame do Coritiba
Andreas Samaris – Coritiba
Aos 35 anos, o volante grego estava sem jogar desde maio e foi contratado pelo Coritiba em setembro. Na estrea dele, foi substituído aos 37 minutos. Depois, só jogou mais três jogos. Assim como Jesé, foi liberado antes do fim da temporada.
O meia japonês Keisuke Honda reforçou o Botafogo aos 33 anos, trazendo no currículo passagens por grandes clubes na Europa, como Milan e CSKA, além da presença em três Copas do Mundo. Pela seleção, marcou 37 gols em 98 jogos.
Foram pouco mais de nove meses com a camisa do Alvinegro, com três gols em 27 jogos. Foi recebido com festa por mais de 10 mil torcedores no Estádio Nilton Santos – único contato do japonês com a torcida, porque a estreia contra o Bangu, em março, já foi com portões fechados em razão da pandemia do coronavírus. Ele até teve algumas boas atuações, mas não foi o maestro que a torcida esperava e abandonou o barco antes que o rebaixamento do Botafogo à Série B fosse confirmado, em 2020.
Honda pede para deixar o Botafogo antes do fim do contrato
Destaque na seleção de Costa do Marfim, campeão da Champions com o Chelsea, em 2012… Salomon Kalou chegou ao Botafogo com muita badalação e para fazer dupla com Honda. Aos 35 anos, porém, ele ficou longe de qualquer destaque. Foram cerca de oito meses, com 27 jogos disputados e um gol marcado.
Gol do Botafogo! Kalou recebe na área, se desequilibra, mas manda para as redes, aos 29′ do 2° tempo
Aos 34 anos, Juanfran foi contratado pelo São Paulo em 2019 e chegou empolgado para resolver os problemas da defesa e com fome de títulos. Vinha com a experiência de anos pelo Atlético de Madrid, sendo campeão da La Liga e da Europa League, e com passagem pela seleção espanhola. O lateral-direito, contudo, disputou 56 jogos com a camisa do São Paulo, pouco rendeu e não marcou nenhum gol.
Após carreira de sucesso na Europa, Juanfran fala sobre desafio de jogar no futebol brasileiro, sonha com título e elogia Fernando Diniz
+ Com Mastriani e Di Yorio, Athletico vai chegar a 10 estrangeiros no elenco
Destaque com a Costa Rica na Copa do Mundo em 2014, o meia chegou ao Santos em 2018 com status de estrela e sob grande expectativa de ser a referência técnica do time. Em campo, porém, o jogador não se firmou, disputou apenas 13 partidas e ficou mais de 500 dias sem atuar. Saiu em 2020 e ainda entrou com uma ação contra o Peixe.
Peres critica o meia Bryan Ruiz, que está encostado no Santos
O uruguaio fez história com a camisa da Lazio, passando nove temporadas no time italiano, e desembarcou no Santos em 2015. Precisou de um mês para recuperar o condicionamento físico, já que estava sem clube desde junho. Pronto para atuar, o jogador só entrou em campo quatro vezes e não correspondeu às expectativas da diretoria. Teve o contrato rescindido em janeiro de 2016.
Santos apresenta argentino Ledesma, de 32 anos
Cristian “Cebolla” Rodríguez – Grêmio
Demorou pouco, não mais do que 60 dias a passagem de Cebolla Rodríguez pelo Grêmio, em 2015. O titular do Uruguai na Copa do Mundo de 2014 chegou com status de “ídolo”, uma contratação desejada pelo time gremista desde 2012. Teve estreia com casa cheia, saiu aplaudido, mas ficou nisso. Ele atuou menos de 90 minutos em dois meses no Tricolor, com várias lesões, uma punição da federação italiana e a rescisão do contrato, que já era curto.
Cebolla Rodríguez é recepcionado com festa em Porto Alegre
Ignacio Scocco – Internacional
O atacante foi contratado pelo Internacional em junho de 2013, quando estava jogando também na seleção argentina. Na estreia pelo Colorado, fez dois gols em menos de um minuto, um recorde mundial registrado no Guinness Book. O problema é que, depois disso, foram apenas mais dois gols em 21 partidas. Scocco passou mais tempo no departamento médico do que em campo e ainda faltou a uma reapresentação do Inter, dizendo que havia perdido o voo – depois se corrigiu afirmando estar “sem adrenalina” para o futebol brasileiro.
Com show de Vitinho e Scocco, Botafogo empata com Internacional no Maracanã
Maxi Biancucchi – Flamengo
Maxi chegou ao Flamengo em agosto de 2007 e, no ano seguinte, mesmo tendo tido poucas oportunidades, entrou para a lista dos 17 estrangeiros que mais vezes jogaram com a camisa do clube. Foi herói de um Fla-Flu, mas logo perdeu espaço e virou um eterno reserva. Conquistou ainda o bicampeonato carioca, em 2008 e 2009. No fim de 2009, após o hexacampeonato brasileiro, se despediu da Gávea rumo ao Cruz Azul, do México, onde foi destaque absoluto em 2010. No Brasil, ele também defendeu Bahia, Ceará e Vitória.
Maxi Biancucchi Flamengo — Foto: Agência O Globo
Defederico – Corinthians
Em 2009, Matías Defederico chegou ao Corinthians e, em sua apresentação, foi chamado de “novo Messi” e comparado a Carlitos Tévez. No Timão, não correspondeu às expectativas: fez apenas 36 jogos entre 2009 e 2010 e acabou emprestado ao Independiente.
Castillo – Botafogo
O goleiro da seleção do Uruguai chegou ao Botafogo em 2008 e até teve um bom início. Na sequência, no entanto, contabilizou inúmeras falhas. Deixou o Alvinegro em 2009, longe de deixar saudade.
Castillo com Jefferson no Botafogo — Foto: Alexandre Cassiano/O Globo
Abondanzieri – Internacional
Multicampeão pelo Boca Juniors, o argentino foi contratado pelo Internacional em 2010 como solução para o gol colorado. Não foi bem e, após seis meses, já era a terceira opção de Celso Roth. Abandonou o futebol aos 38 anos.
Carini – Atlético-MG
Então titular da seleção do Uruguai e com passagens por Juventus e Inter de Milão, o goleiro chegou ao Galo com status de grande contratação. Falhou muito no Brasileirão 2009 e amargou a reserva. Voltou a seus país para defender o Peñarol.
Tadic – Vasco
O goleiro sérvio, amigo de Petkovic, não convenceu embaixo das traves. Participou de sete jogos pelo Vasco no Brasileiro de 2004 e sofreu gols em todos eles. No total, o goleiro foi buscar a bola no fundo da rede 14 vezes. Além disso, Tadic foi o protagonista da demissão do técnico Geninho. Após três falhas no primeiro tempo do jogo contra o Palmeiras, em São Januário, o presidente Eurico Miranda mandou uma ordem para o vestiário para que o treinador tirasse o goleiro do time no intervalo. Mas Geninho não cumpriu, o Vasco foi goleado por 5 a 2, e o treinador deixou o clube no dia seguinte.
Tadic Vasco — Foto: ge
Tavarelli – Grêmio
Ricardo Tavarelli passou pelo Grêmio em 2004 após fazer história pelo Olimpia e ainda defender o Paraguai na Copa do Mundo de 2002. No Tricolor Gaúcho, porém, acabou marcado como o goleiro do rebaixamento à Série B do Brasileiro.
Freddy Adu – Bahia
Freddy Adu já foi considerado o “novo Pelé” quando explodiu no futebol profissional dos EUA aos 14 anos em 2004. Em quase 13 anos, atuou por 13 clubes diferentes, alguns conhecidos, como Benfica, Monaco e Bahia: fez apenas duas partidas em 2013.
Mark Williams – Corinthians
Voltando um pouco mais no tempo, em 1996, o Corinthians contratou o atacante sul-africano Mark Frank Williams, na busca da diretoria por solucionar os problemas do time. Ele tinha 30 anos e fez três jogos no Brasileirão daquele ano. Depois acabou voltando para a África do Sul, para atuar no Kaizer Chiefs.