(Foto: Divulgação/Fifa)
A Fifa enfrenta problemas para organizar o Super Mundial de Clubes, previsto para 2025. Segundo o jornal italiano Gazzetta dello Sport, o torneio corre risco de não acontecer por falta de financiamento, principalmente por cotas de televisão. Além disso, grandes times europeus estariam insatisfeitos com a desorganização da competição até aqui, e jogadores já ameaçam entrar em greve.
Se encerrou na última quarta-feira (25) o prazo para apresentação de propostas pelos direitos de transmissão do Mundial. No entanto, não houve interessados em diversos cantos do planeta, como nas Américas, na Ásia, no Médio Oriente e no norte de África.
Desta forma, é difícil crer que a Fifa conseguirá alcançar a meta estipulada em quatro milhões de euros em cotas de TV. Nos últimos meses, a federação vem negociando com a Apple, que por sua oferece um milhão de euros pelos direitos de transmissão.
Assim, com poucas ofertas e valores muito abaixo do esperado, o Super Mundial encara problemas para chegar aos valores de premiação prometidos em um primeiro momento. As primeiras informações apontavam que cada equipe qualificada para a disputa embolsaria 50 milhões de euros (R$ 300 milhões na cotação atual). Contudo, sem um acordo para transmissão, os patrocinadores também não têm demonstrado interesse no torneio.
Com isso, entra em campo a fala de Carlo Ancelotti em junho, quando o italiano afirmou que o Real Madrid não jogaria o torneio por receber apenas 20 milhões de euros. O valor, portanto, teria sido reduzido a menos da metade, sem que tenha sido feito um anúncio público. Horas depois, o clube espanhol e o próprio treinador voltaram atrás para desmentir.
Além disso, a realização do torneio nos Estados Unidos parece ser um problema para parte dos times europeus que disputarão a competição. Os diversos fuso horários e o fato de não terem sido definidos ainda os estádios que receberão o Mundial incomodam os classificados e também os patrocinadores.
Por fim, a ameaça de greve de jogadores por conta do alto números de jogos da temporada assombra o futebol europeu. O Super Mundial coincidiria datas com a Eurocopa sub-21 Copa Ouro da Concacaf. Por sua vez, a Fifpro, o sindicato internacional, abriu um processo contra a FIFA. No último mês, atletas como Rodri, do Manchester City, e Alisson, do Liverpool, já se manifestaram contra o total de partidas, sobretudo após o início do novo formato da Champions League.
Já são conhecidos 30 dos 32 participantes do Super Mundial de Clubes de 2025. Resta uma vaga para a América do Sul e outra para o campeão da Major League Soccer (MLS), campeonato nacional dos Estados Unidos, país sede da competição.
O continente sul-americano terá seis representantes no torneio, e cinco já estão definidos. Palmeiras, Flamengo e Fluminense se classificaram pelos títulos da Libertadores de 2021, 2022 e 2023, respectivamente. Além disso, River Plate e Boca Juniors garantiram vaga via ranking da Conmebol. Resta, então, lugar destinado para o vencedor da Liberta em 2024. Caso este seja um dos clubes já classificados, o Olímpia, do Paraguai, será o sexto representante da América do Sul no Mundia, por conta do ranking.
Times classificados ao Super Mundial de Clubes da Fifa de 2025
EUROPA (12 vagas)
Chelsea (Inglaterra)
Real Madrid (Espanha)
Manchester City (Inglaterra)
Bayern de Munique (Alemanha)
Borussia Dortmund (Alemanha)
Internazionale (Itália)
Porto (Portugal)
Benfica (Portugal)
Juventus (Itália)
Atlético de Madrid (Espanha)
RB Salzburg (Áustria)
AMÉRICA DO SUL (seis vagas)
Palmeiras (Brasil)
Flamengo (Brasil)
Fluminense (Brasil)
River Plate (Argentina)
Boca Juniors (Argentina)
ÁSIA (quatro vagas)
Al-Hilal (Arábia Saudita)
Urawa Red Diamonds (Japão)
Al-Ain (Emirados Árabes Unidos)
Ulsan Hyundai (Coreia do Sul)
ÁFRICA (quatro vagas)
Al Ahly (Egito)
Wydad Casablanca (Marrocos)
Mamelodi Sundowns (África do Sul)
Espérance de Tunis (Tunísia)
AMÉRICA DO NORTE E CENTRAL (quatro vagas)
Monterrey (México)
Seattle Sounders (EUA)
León (México
Pachuca (México)
OCEANIA (uma vaga)
Auckland City (Nova Zelândia)