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Textor, do Botafogo, critica tentativa de veto contra gramado sintético: “Não jogaremos em campo de bezerro”

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Foto: Getty Images

O gramado sintético voltou a ser assunto no futebol brasileiro. Em reunião virtual dos clubes com a CBF na última quarta-feira, Fluminense e Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol) levantaram a pauta pelo veto a esse tipo de grama. Dono da SAF do Botafogo, um dos três times na Série A a usar gramado artificial, John Textor defendeu a questão e criticou o contexto atual do país.

– A saúde dos jogadores está em melhores condições no sintético. Temos uma alta qualidade que está creditada até por jogadores de outros clubes. As vezes, pessoas que nem pisam na grama ou jogam futebol falam bobagem. Eu queria que eles olhassem o sistema que nós criamos. A grama no Brasil é diferente. Olhe para todas lesões de tornozelo e nas pernas que tivemos em gramados ruins. Se vamos jogar em campos de bezerros na liga, as pessoas devem investir em campos 80% naturais e 20% sintéticos, que é o padrão das grandes ligas no mundo – afirmou, após a vitória sobre o Bragantino pela Conmebol Libertadores. 

Não há qualquer possibilidade de proibição no curto prazo, mas a CBF convocou a Comissão de Médicos para se debruçar sobre o tema com a Comissão Nacional de Clubes – eleita ontem com Atlético-GO, Fluminense, Fortaleza, Internacional e São Paulo na Série A – e também prometeu contratar consultoria internacional para estudo mais profundo do caso. 

O Botafogo implementou a grama artificial no ano passado. Entre as justificativas, estão a rapidez na manutenção e a realização de eventos sem estragar o gramado.

O norte-americano criticou o posicionamento vindo de Fluminense e Fenapaf. Textor afirmou que se o Botafogo acatará a grama natural a partir de 2025 caso assim seja decretado. 

– Não critiquem nossa tentativa de tentar algo mais seguro para os jogadores. Vamos falar de elevar o nível. Querem ir para grama natural? Devemos formar a liga, oficializar um padrão, pagar e treinar árbitros. Vamos em frente. Vamos todos pagar 1.3 milhão de dólares (R$ 6,4 milhões) em cada campo, é isso que custa na Premier League. O Brasil merece a qualidade dos melhores lugares do mundo, futebol é bom como em qualquer lugar do mundo. Isso pode impactar nossos shows, mas arrumaremos um jeito. Se quiserem ir para a grama natural no ano que vem, nós iremos. Não enganem, não jogaremos em campo de bezerro, não faz bem aos jogadores – finalizou.

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