Vitor Silva/Botafogo
O dono da SAF do Botafogo, John Textor, processou a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, por injúria e difamação.
Na ação, à qual a ESPN teve acesso, o norte-americano diz que foi ofendido pela empresária em entrevistas concedidas nos dias 7, 8 e 22 de abril deste ano.
Textor alega que foi alvo de injúria (ofender a dignidade e o decoro) e difamação (imputar fato ofensivo à reputação) pelas seguintes declarações de Leila:
- “Eu me nego a conversar com pessoas desequilibradas. Que pra mim, esse presidente do Botafogo, o dono do Botafogo, é um desequilibrado, um irresponsável”
- “John Textor, quem é John Textor? É a vergonha do futebol brasileiro. É um fanfarrão. Tem que ser punido exemplarmente. Não pode o dono de um clube do tamanho do Botafogo ficar espalhando notícias e falácias sem prova absolutamente nenhuma. O que ele quer dizer? Que o Brasil não é um país sério? Que as autoridades do Brasil não tomam atitude”
- “Esse senhor, desculpe a expressão, é um idiota. O que esse John Textor está achando é que o Brasil é uma bagunça, que as autoridades não tomam providências nenhuma”
De acordo com os advogados de Textor, as falas da presidente palmeirense tiveram “clara intenção” de “ofender e desqualificar” o dono da SAF botafoguense.
“Não se sabe qual é a verdadeira intenção da Sra. Leila Pereira, se é atrapalhar ou contribuir com o bem-estar do esporte. Porém, é notório que a querelada teve a clara intenção de ofender e desqualificar o querelante perante o grande público, o que não pode passar impune”, escreveram.
Na ação, Textor pede que Leila Pereira seja condenada nas penas do artigo 140, por três vezes, e do artigo 139, por duas vezes, ambos na forma do artigo 71, com o aumento de pena previsto no artigo 141, III, todos do Código Penal brasileiro.
Além disso, o empresário exige ainda “a fixação de um valor mínimo de reparação pelos danos sofridos”.
O processo corre na 30ª Vara Criminal do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) e será julgado pelo magistrado Marcus Alexandre Manhães Bastos.
Procurada pela ESPN, Leila Pereira disse que não tem conhecimento do processo.
ESPN