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Tite fala sobre caso Gabigol após vitória do Flamengo: ‘Mandei mensagem a ele…’

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O Flamengo de Tite conseguiu um resultado muito expressivo no primeiro jogo da final do Campeonato Carioca. Mesmo com a vitória por 3 a 0, no entanto, o treinador exaltou muito o trabalho do Nova Iguaçu, que levou um clube de menor expressão à decisão pela primeira vez em 19 anos. O principal, no entanto, ficou por conta das falas do comandante para Gabigol, após a suspensão por tentativa de fraude em exame antidoping.

O que Tite disse durante a coletiva?

  • Elogiou a postura do Flamengo no jogo
  • Relembrou todas as dificuldades e exaltou o Nova Iguaçu
  • Falou sobre a suspensão de Gabigol pela primeira vez
  • Analisou o desempenho dos atletas às vésperas da estreia na Libertadores

Tite fala pela primeira vez sobre Gabigol

— O que eu posso fazer agora é ser solidário a ele. Mandei mensagem a ele, a gente quer ele o mais rápido possível de volta, mas quer também que essa situação no aspecto jurídico e direitivo que ela seja resolvida. A situação tem as suas particularidades jurídicas no caso, que está sendo analisado. Enquanto departamento técnico, a gente está com ele, os profissionais estão acompanhando, fazendo treino específico dentro da base das leis. Pois tem uma situação legal. A gente está realizando esse aporte importante para que, pós-julgamento, a gente tenha ele de volta. Queremos ele de volta, se assim o julgamento determinar.

Depois de abrir o jogo sobre a situação de Gabigol, Tite fez questão de tecer elogios a Carlos Vitor e todo o time do Nova Iguaçu. Segundo ele, o trabalho da equipe da baixada pode ser considerado superior ao dele no Flamengo, pelas condições de trabalho.

— Foi confronto do melhor ataque contra o terceiro melhor ataque. Com opções ofensivas. Com duas equipes que gostam de bola, gostam de jogo, o Carlos está muito de parabéns, mas não pouco, é muito. Falei pra ele pessoalmente, falo de forma pública. A qualidade da equipe da Nova Iguaçu não é por acaso. Tem trabalho, talvez, muito superior ao meu — disse, antes de completar:

— Porque ele não tem todo o aparato que o Flamengo me proporciona. E ele, sem todas essas condições, ele consegue fazer uma campanha exemplar. Então, eles tinham perdido um jogo, mas está nada decidido. É uma vantagem, sim, considerável, sim. Mas nós temos consciência, até porque o Flamengo e o César (Sampaio) aqui, nós também já iniciamos a nossa carreira e o Carlos, e sabemos dar valor a isso — completou.

Tite deixou o Maracanã satisfeito com o desempenho da equipe (Foto: Thiago Ribeiro/AGIF/Sipa USA)

Carlinhos fala sobre a chegada ao Flamengo

Mesmo que ainda defenda as cores do Nova Iguaçu, o atacante Carlinhos foi perguntado sobre a negociação com o Flamengo, que teve final feliz na noite da última sexta-feira (29). O vice-artilheiro do Campeonato Carioca contou que vestir a camisa rubro-negra é um sonho, mas que só vai pensar no desafio após o segundo jogo da decisão, quando estará liberado para realizá-lo.

— É um sonho, desde criança todos sonham jogar no Flamengo, mas estou focado ainda no Nova Iguaçu. Quero ser campeão no Nova Iguaçu para depois pensar no Flamengo. Um passo de cada vez. A gente sabe da qualidade do Flamengo, maior investimento da América do Sul, mas o jogo é jogado. Temos que seguir acreditando até o fim. Tomamos os três gols hoje, mas tem outro jogo. Temos que trabalhar a semana toda, virmos forte psicologicamente no próximo domingo — comentou.

Carlinhos é o novo reforço do Flamengo (Foto: Divulgação/Nova Iguaçu FC)

Carlinhos ainda revelou dois fatores importantes. Primeiro sobre a negociação, ele afirmou que soube apenas quando já estava tudo certo. Depois, a relação com Tite.

— Sendo sincero, não estava sabendo de nada. Meu empresário chegou e falou que tinha aceitado, fiquei muito feliz. Estou indo para uma grande equipe do futebol. Sobre o Tite, eu fazia vários treinos com ele no Corinthians. Eu era muito novo e subia para treinar direto com o elenco profissional. Amadureci bastante e vai ser um prazer trabalhar com ele de novo — concluiu.

Pedro é só sorrisos

A tarde de Pedro foi especial, não apenas por marcar duas vezes em uma final de campeonato, mas por ser o autor do gol 13 mil da história do Flamengo. Perguntado sobre o feito, o centroavante engrandeceu o clube e falou um pouco mais sobre essa página gloriosa.

— Eu tenho que agradecer a cada marca quando atuo aqui no Flamengo, mas o principal foco sempre foi o coletivo, buscar o título, buscar o campeonato. Estou feliz por cada marca que eu atinjo, hoje a gente fez um gol de 13 mil do Flamengo, muito importante pela grandeza do Flamengo, queria agradecer a todos que passaram pelo Flamengo — brincou.

Pedro ainda falou sobre as expectativas para o segundo jogo da decisão, diante do Nova Iguaçu. A vantagem é boa, mas o atacante, como de costume, prefere os pés no chão para lidar com os próximos resultados. Ele ainda fez elogios ao adversário.

— Muito feliz também pelo jogo que a gente fez, claro que não tem nada a ganho. A gente sabe da dificuldade que é enfrentar o Nova Iguaçu, chegaram com méritos até aqui. Vamos trabalhar para buscar esse título — finalizou.

Pedro marcou duas vezes para dar a vantagem ao Flamengo na final do Carioca (Foto: Marcelo Cortes/CRF)

A vantagem do Flamengo na final do Carioca é gigante, e só uma tragédia, combinada com uma atuação antológica do Nova Iguaçu, pode tirar o título das mãos de Tite e companhia. As equipes se enfrentam no próximo domingo (07), às 17h (de Brasília), no Maracanã. Antes disso, o Rubro-Negro estreia na Libertadores, diante do Millonarios, na terça-feira (02), em Bogotá.

Veja outros pontos abordados na coletiva

Pressão na bola

— A pressão que nós exercemos é sempre na bola, ela é a referência. Deu tiro de meta, nós não voltamos pra marcar uma linha. Nós fizemos pressão sempre. O Nova Iguaçu tentou sair jogando em todas. Porque os dois gostam da bola. A compactação, ela se dá depois intermediária quando a bola está ali. Depois tem uma pressão baixa, porque o adversário daqui a pouco conseguiu ultrapassar. E a bola está dentro do nosso campo e nós temos que compactar. Então a referência de movimentos da equipe, ela se dá em relação à bola. Nós tivemos um volume muito grande de oportunidades.

Início do trabalho no fim de 2023

— A gente só consegue desenvolver um trabalho melhor agora nesse ano, na primeira temporada, porque a gente veio antes. Não era a intenção de vir, confesso. Eu gostaria de pegar o início do trabalho, porque era uma situação muito difícil, uma exigência muito alta. Mas todo o trabalho da comissão técnica adianta também o trabalho, mesmo que ficasse com possibilidade de resultados negativos. A exigência de Flamengo é muito alta. A gente conseguiu, naqueles 12 jogos, juntamente com a equipe, a classificação para a Libertadores. Mas também nos adiantou o processo para nós fazermos esse início de ano agora.

Contratação de adversário Carlinhos

—O Bruno (Spindel, diretor de futebol) salientou que falta o exame médico ainda, ele tem mais uma semana de Nova Iguaçu. É um destaque da competição, sabíamos da necessidade do jogador. Ele chama muita atenção não só pelos gols, então parabenizo a diretoria pelo processo de tomar a iniciativa de fechar, porque a gente sabe como são as negociações. Muitas vezes são horas, minutos, que você acaba perdendo oportunidades importantes. Mas a gente se reserva no direito de falar do Carlinhos do Flamengo na próxima semana. Até por uma questão ética, ele tem uma semana de Nova Iguaçu e a gente respeita. Depois, esperamos de braços abertos aqui.

Jogo na altitude de Bogotá

— Nós tivemos uma experiência importante no passado recente, com o resultado conseguido com a Seleção. Com cuidados dessa parte de logística, cuidados do departamento de saúde, dos médicos e dos preparadores físicos também. A gente confia muito nesse processo e, como atleta, eu tenho mais resultados positivos – e como gestor também – na altitude do que negativo. Se você já chega com uma mentalidade que vai ser difícil, que a dificuldade é muito mais nossa do que do adversário, isso pode trazer um sentimento de inferioridade. Tem o momento de chegar, o horário de chegar, como chegar, em termos até de refeições também, a gente tem tudo isso muito bem organizado, entendo aí que essa parte física não deve ser algo que venha nos prejudicar.

13 mil gols na história do Flamengo

— Surpreso pelos números, não sabia. Nós ficamos felizes também porque tudo isso é trabalhado. É resultado primeiro de um diagnóstico, de uma identificação e de simulações dos treinamentos. Não foi um acaso, foi um resultado de um processo árduo, de preparação, de entrega, de confiança dos atletas, de aplicação de todos.

— Equilíbrio, vou falar de novo, equilíbrio! Se você fizer um monte de gol, não adianta tomar um monte de gol lá atrás. Vai ficar inconstante, sem segurança, sem confiança. Não adianta você ficar não tomando gols para não fazer nada na frente e não agredir o adversário. É uma lógica, o futebol é tão simples, mas é… Bota a bunda lá atrás e vai perder. Quer botar oito atacantes e não tem um compromisso em compactar a equipe naquelas diferentes alturas da bola, vai perder. Ou a chance, desculpa, a chance de perder é maior.

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