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Último Espanha x Brasil na Europa teve Guardiola em campo, seleção com interino e ‘guerra’ por Ronaldo

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Getty Images

Brasil e Espanha não se enfrentaram muitas vezes no futebol masculino – apenas em nove oportunidades, com cinco vitórias brasileiras, duas vitórias espanholas e dois empates. O último encontro aconteceu na final da Copa das Confederações de 2013, no Maracanã, e terminou com título verde e amarelo após um sonoro 3 a 0, diante de mais de 73 mil torcedores no Rio de Janeiro.

O cenário da última partida entre as duas seleções em solo europeu, porém, foi completamente diferente. Aconteceu em 1999, na cidade de Vigo, quando os espanhóis ainda não figuravam na prateleira de campeões mundiais (o título veio apenas em 2010, na Copa do Mundo da África do Sul).

Foi uma partida sem brilho, que terminou empatada por 0 a 0, mas com alguns componentes interessantes, como a presença do hoje técnico de sucesso Pep Guardiola, a estreia de um interino na seleção brasileira e uma espécie de guerra por Ronaldo “Fenômeno”, que ficou fora do jogo.

De modo geral, o amistoso, em novembro daquele ano, não foi marcante para nenhum dos lados.

Dos titulares do Brasil, Marcos, Cafu, Roberto Carlos e Rivaldo foram pentacampeões na Copa de 2002, menos de três anos depois. Ficaram fora Antônio Carlos, Aldair, Marcos Assunção, Zé Roberto, Sonny Anderson e Élber, além de Emerson, cortado por uma lesão no ombro na véspera da estreia. Ainda entraram durante a partida – e não foram para o Mundial – Zé Elias, Giovanni e Jardel.

Guardiola em campo

Para quem vê a escalação da Espanha com os olhos de hoje, o nome mais marcante é Guardiola, que agora é um treinador multicampeão. O espanhol era o camisa 4 daquela seleção e atuava como volante. À época, ele era jogador do Barcelona.

O time da Espanha ainda tinha Morientes e Raúl, grande estrela e ídolo do Real Madrid, no ataque, além de Luis Enrique, hoje técnico do PSG. O técnico era José Antonio Camacho.

Seleção de Candinho

O treinador da seleção brasileira naquele novembro de 1999 era Vanderlei Luxemburgo, que ainda tinha o nome escrito como Wanderley. Quem esteve à beira do gramado comandando o Brasil, porém, foi Candinho, seu auxiliar. Luxa estava com a seleção olímpica para dois amistosos contra a Austrália, no país da Oceania, palco das Olimpíadas do ano seguinte, em Sidney.

O duelo contra a Espanha marcou a estreia de Candinho. Ele ainda comandaria o Brasil em apenas mais um jogo: uma vitória por 6 a 0 sobre a Venezuela, justamente após a saída de Luxemburgo, em 2000, antes de Emerson Leão assumir o cargo.

‘Guerra’ por Ronaldo

Não era apenas Luxemburgo que estava na Austrália. A seleção nunca tinha conquistado as Olimpíadas (ganhou pela primeira vez em 2016 e repetiu o feito em 2021), então nomes como Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho foram reforçar a equipe nos amistosos diante dos australianos. Mas o Fenômeno não entrou em campo.

A princípio houve uma “guerra” entra a Inter de Milão, onde o camisa 9 atuava, e a CBF. O time italiano alegava que Ronaldo já havia disputado seis amistosos com a seleção naquele ano e, se atuasse nas duas partidas, esgotaria a “cota” de sete partidas amistosas anuais estabelecida pela Fifa na época.

O argumento da CBF era de que o atacante tinha se apresentado lesionado em dois jogos e que foi desconvocado nessas ocasiões, somando apenas quatro participações.

A Fifa interveio na situação e deu razão à Inter, obrigando a seleção a liberar Ronaldo após o primeiro amistoso contra a Austrália. A decisão irritou Luxemburgo, que decidiu cortar o centroavante. “Ou joga as duas partidas, ou não joga nenhuma”, afirmou o técnico.

Reencontro em 2024

Brasil e Espanha vão voltar a se enfrentar em solo espanhol na próxima terça-feira (26), a partir das 17h30 (de Brasília), no estádio Santiago Bernabéu.

A seleção brasileira vem de vitória por 1 a 0 sobre a Inglaterra, com gol de Endrick, em Wembley. Os espanhóis perderam o primeiro amistoso que fizeram nesta Data Fifa para a Colômbia, também por 1 a 0, na Inglaterra.

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