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Uruguai contra Brasil, duelo de velhos conhecidos com um grande ausente

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Araújo contra Raphinha, Darwin contra Allison, Valverde contra Militão. O grande confronto das quartas de final da Copa América entre Uruguai e Brasil terá duelos entre companheiros de clube com a única, mas sensível ausência de Vinicius Jr. 

A seleção brasileira e a ‘Celeste’, que juntas acumulam 24 dos 47 títulos do torneio continental de seleções mais antigo do mundo, se reencontram no sábado em Las Vegas, nos Estados Unidos, em um confronto em que o Uruguai desta vez tem o status de favorito.  

Em seu primeiro torneio sob o comando de Marcelo Bielsa, a seleção uruguaia confirmou até o momento esse papel ao somar um total de três vitórias, incluindo uma goleada por 5 a 0 sobre a Bolívia e uma vitória por 1 a 0 sobre os Estados Unidos, que eliminou os anfitriões na frente de sua torcida. 

Darwin Núñez, um dos grandes camisa 9 presentes no torneio, marcou dois gols que o colocam em segundo lugar da artilharia, liderada pelo argentino Lautaro Martínez com quatro gols. Para acompanhar o ritmo do atacante da Inter de Milão, Darwin terá que superar no sábado o goleiro Allison, seu companheiro de Liverpool nas últimas duas temporadas. 

Na outra área, Ronald Araújo vai comandar uma defesa que será testada por atacantes como Raphinha, com quem divide o vestiário no Barcelona. Enquanto o zagueiro e o atacante disputam esta Copa América, os dirigentes correm contra o tempo para aliviar a difícil situação financeira do clube catalão. 

Pelo valor de mercado, tanto Araújo quanto Raphinha almejam ser a possível grande venda que o Barcelona precisaria para equilibrar seus números e tentar reforços para a próxima temporada. 

Inimigos íntimos De qualquer forma, o zagueiro uruguaio não terá que desempenhar desta vez a função de ‘anti-Vinícius’ como aconteceu nas recentes edições de ‘El Clásico’ do campeonato espanhol. O atacante brasileiro do Real Madrid assistirá ao jogo das tribunas do Allegiant Stadium, depois de ter sido suspenso após receber o segundo cartão amarelo na competição. 

Com exceção dos dois gols marcados contra o Paraguai, Vinícius acumula mais frustrações do que alegrias neste torneio, sendo a última delas o pênalti que não foi marcado no empate em 1 a 1 contra a Colômbia. Nem o árbitro nem o VAR indicaram pênalti quando o craque foi derrubado pelo lateral Daniel Muñoz. Um erro reconhecido mais tarde pela Conmebol e que enfureceu a seleção brasileira, que com uma vitória sobre a Colômbia teria ficado em primeiro lugar no Grupo D e evitado o Uruguai. 

O duelo também é relevante para Federico Valverde, peça fundamental nos sucessos recentes do Real Madrid. Aos 25 anos, Valverde é cotado para ser o grande líder do meio-campo uruguaio, mas essa exigência contrasta com as decisões de Bielsa em substituí-lo nos dois primeiros jogos. 

“É preciso respeitar as mudanças que o treinador faz. Eu como jogador, que obviamente gosta de jogar tudo, há momentos em que saio um pouco irritado, mas é normal”, declarou o meio-campista após a vitória sobre a Bolívia, na qual ele marcou um gol. 

As chegadas explosivas de Valverde à área serão um dos maiores perigos que o miolo da zaga brasileira terá de neutralizar, onde está instalado o seu companheiro de equipe ‘merengue’ Éder Militão. O zagueiro, que perdeu grande parte da temporada devido a uma grave lesão no joelho, é titular absoluto numa grande demonstração de confiança do técnico Dorival Júnior, que colocou no banco o defensor do Arsenal, Gabriel Magalhães.  

O meio-campista Manuel Ugarte também vai encontrar em campo outro integrante do Paris Saint-Germain, o zagueiro Marquinhos, enquanto vários jogadores uruguaios conhecem ‘in loco’ o futebol brasileiro, como o quarteto do Flamengo formado por Matías Viña, Giorgian de Arrascaeta, Guillermo Varela e Nicolás de la Cruz. 

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