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Verstappen dispara contra regulamento da F1 2026: ‘Não é como eu teria escrito’

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(Foto: BENJAMIN CREMEL / AFP)

O atual tricampeão mundial da Fórmula 1, Max Verstappen, criticou o regulamento da categoria que será implementado em 2026 e fez coro a outros pilotos e chefes de equipe que também se mostraram desconfiados com a próxima leva de carros. Segundo o neerlandês, ainda há muito a ser ajustado. 

Verstappen evitou disparar críticas mais drásticas antes de testar os carros de 2026, mas foi claro ao dizer que “não teria escrito” o regulamento da forma como a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) sacramentou. 

– Ainda há muitas coisas que precisam ser ajustadas de qualquer maneira para termos uma boa imagem. E eu disse isso antes: estamos no meio de um momento onde podemos fazer muitas críticas, mas talvez quando chegar a hora de pilotar eu pense que na verdade não é tão ruim, que é muito divertido. Mas, naturalmente, quando olho para o regulamento, não é como eu teria escrito – afirmou.

– Mas também entendo, é claro, que o mundo está mudando e queremos atrair mais fábricas. Então, se esse é o caminho a seguir, acho que é para onde devemos ir – continuou. 

Alguns pilotos e chefes de equipe já demonstraram preocupação com as novas regras. Um dos objetivos é deixar os carros mais leves, estreitos e com uma unidade de força com maior influência da parte elétrica. Williams e McLaren afirmaram que a queda na velocidade e no desempenho as alterações podem equiparar a categoria à Fórmula 2, enquanto Lewis Hamilton e Fernando Alonso reclamaram do peso mínimo, que será reduzido para 768 kg. 

Adrian Newey, projetista do conceito atual da Red Bull, também criticou a FIA por beneficiar “uma ou duas montadoras” e não priorizar as equipes com as novas regras. 

Assim como Hamilton e Alonso, Verstappen também bateu na tecla do peso quando perguntado sobre algo que mudaria no novo regulamento. 

– Em geral, o peso. Mas isso não é realista com a forma como os carros são construídos no momento. Em termos de motor, segurança e tamanho em geral – disse. 

Além das questões técnicas do novo conjunto de regras da Fórmula 1, questionou a tendência de mudar o regulamento por inteiro a cada pouco tempo. Segundo o piloto da Red Bull, essas alterações constantes distanciam o grid e tornam a categoria menos competitiva. 

– Vai (se distanciar), naturalmente. Alguns vão acertar, outros vão errar. É sempre assim. Seria muito engraçado se todos se animassem até o primeiro dia e resolvessem isso, mas não é assim que acontece. É só ver como eram nossos carros há dois anos e como estão agora. É bem diferente. Isso mostra que com o novo regulamento será a mesma coisa. Não é como se você visse as regras e soubesse exatamente o que fazer. Não é assim que funciona – explicou. 

– Com certeza, quando começamos com um carro novo, novos regulamentos, também pode haver uma grande diferença entre os motores. Isso vai abrir as coisas novamente. Penso que temos de olhar como podemos fazer um regulamento e não mudar completamente tudo dentro de quatro ou cinco anos. Acho que na história da Fórmula 1 isso nunca foi feito e ajudaria muito – concluiu.

A Fórmula 1 volta à ação neste final de semana com o GP da Hungria, no Hungaroring, entre os dias 19 e 21 de julho. 

Lance

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