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A torcida brasileira pode respirar aliviada: Robson Conceição não corre risco de perder o cinturão no “tapetão”. Nesta quarta-feira, o presidente do Conselho Mundial de Boxe (WBC, na sigla em inglês), Mauricio Sulaimán, negou que o resultado da luta entre o pugilista brasileiro e o americano O’Shaquie Foster, disputada em Nova Jersey (EUA) no último dia 6 de julho, vá ser anulado pela revisão da entidade e reafirmou a posição do baiano como campeão mundial dos pesos-super-penas (até 58,97kg).
– O resultado não vai ser anulado de forma alguma. Foi uma luta parelha e está sendo revista pelo WBC, mas nada foi definido ainda. De qualquer maneira, Robson é nosso campeão do WBC e estamos muito orgulhosos dele – escreveu Sulaimán por e-mail, em resposta a contato feito pelo Combate.
O duelo do último dia 6 de julho terminou numa controversa decisão dividida a favor de Conceição. Os três juízes pontuaram a luta de forma diferente: Anthony Lundy viu vitória do brasileiro em oito dos 12 rounds (116-112), Ronald McNair teve o placar contrário, a favor de Foster (112-116) e Paul Wallace apontou triunfo do baiano em sete assaltos (115-113). Apenas quatro assaltos tiveram pontuações unânimes: o primeiro e o nono vencidos por Foster, e o terceiro e o quinto vencidos por Robson.
Após muitos protestos da mídia internacional e de fãs, Sulaimán anunciou que a luta e a pontuação seriam revisadas por comissões do WBC, o que gerou rumores de que o resultado poderia ser anulado, e o cinturão de Robson, destituído. Contudo, essas revisões tipicamente têm por objetivo orientar os juízes laterais sobre possíveis falhas no julgamento, determinar o ranking do lutador derrotado e, caso o resultado seja considerado injusto, ordenar uma revanche imediata.
Robson Conceição, 35 anos, se tornou o primeiro lutador brasileiro a conquistar a medalha de ouro olímpica (foi campeão na Rio-2016) e um cinturão mundial de boxe. Seu cartel tem 19 vitórias, duas derrotas, um empate e um “No Contest” (luta sem resultado).
Combate/GE