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Paquetá pode enfrentar punições no Brasil? Descubra os potenciais riscos jurídicos e financeiros para o Flamengo.

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(Foto: Thiago Ribeiro/AGIF)

A negociação pela volta de Lucas Paquetá inclui uma série de riscos para o Flamengo. E o clube está ciente disso desde o início. Afinal, o sonho rubro-negro só existe por causa da acusação e da investigação de envolvimento em apostas que acontece contra o meia na Inglaterra.

Se for considerado culpado, a primeira consequência deve ser o banimento do atleta do futebol inglês. Mas, afinal, essa pena poderia ser estendida para outros países? Ele estaria liberado para jogar no Brasil? Abaixo, o Lance! Biz apresenta mais detalhes sobre a situação.

⚖️ A acusação contra Lucas Paquetá

Em maio deste ano, Lucas Paquetá foi acusado formalmente pela Football Association (FA) de ter recebido cartões amarelos em quatro partidas de forma intencional. O atleta da Seleção Brasileira nega as acusações e se declara inocente.

Inicialmente, ele tinha recebido um prazo até o dia 3 de junho para apresentar sua defesa, mas seus advogados conseguiram mais tempo. Após a apresentação da defesa, haverá o julgamento no comitê da FA – ainda sem data definida.

👨‍⚖️ Riscos jurídicos

Se for condenado, Lucas Paquetá poderá recorrer na própria FA e, em um segundo momento, na Corte Arbitral do Esporte (CAS). Até o julgamento de todos os recursos, a pena estaria vinculada apenas ao futebol inglês e o meia poderia seguir em atividade no Brasil.

O problema para o Flamengo é que, após a primeira condenação, a Fifa pode entrar na jogada e homologar a pena a nível mundial, como costuma fazer em casos de manipulação. Esta decisão impediria Paquetá de atuar em qualquer país durante o período da pena. Neste caso, o atleta também poderia entrar com recurso no Comitê de Apelação da entidade e, em última instância, novamente no CAS.

Com tantas possibilidades de recursos, o Flamengo acredita que todo o processo vá demorar até a efetiva punição de Paquetá, caso ele seja considerado culpado. Após consultar o escritório de advocacia Bichara e Motta, o clube rubro-negro está confiante que poderia contar com o jogador a curto e médio prazo.

💸 Riscos financeiros

Atrelado aos riscos jurídicos, há também a questão financeira. Afinal, repatriar Lucas Paquetá, no auge da carreira, não sairá barato para o Flamengo – mesmo que seja por empréstimo.

De acordo com o site Capology, o brasileiro fatura 7,8 milhões de libras por ano no West Ham, o que corresponde a R$ 4,6 milhões por mês na cotação atual. Mesmo que aceite reduzir o salário para retornar ao clube da infância, o meia chegaria para ser o mais bem pago no elenco rubro-negro.

Caso o West Ham não aceite um empréstimo, a outra saída seria investir na compra dos direitos econômicos e trazer o atleta de forma definitiva. Como investiu mais de € 60 milhões (R$ 309 milhões, na época) para tirá-lo do Lyon há dois anos, o clube inglês deve querer recuperar ao menos parte do valor investido.

O Flamengo sabe que, em condições normais de mercado, não haveria nenhuma possibilidade de repatriar Paquetá a esta altura da carreira. Ciente da chance e de todos os riscos, a diretoria rubro-negra se cerca de cuidados para não ser prejudicado caso o atleta seja realmente punido pela FA e pela Fifa.

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