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Olimpíadas

Estrutura do Time Brasil na Vila Olímpica está quase pronta para receber primeiros atletas

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Há 11 dias do início das Olimpíadas de Paris, o Comitê Olímpico Brasileiro está realizando os últimos ajustes no prédio do Time Brasil para receber os atletas na Vila Olímpica, em Saint-Denis, na região metropolitana da capital francesa.

O complexo será oficialmente aberto nesta quinta-feira pelo Comitê Organizador. A equipe de ginástica artística será a primeira a se hospedar no local. No total, os atletas brasileiros terão disponíveis 47 apartamentos, 313 camas e diversos serviços importantes para os Jogos Olímpicos, como atendimento médico, nutricionista, massoterapia, fisioterapia, soltura, crioterapia e preparação mental.

O prédio onde a delegação brasileira irá se hospedar foi escolhido também por conta de sua localização. O Time Brasil ficará alocado no setor D da Villa, que fica afastado da agitação da Zona Internacional e próximo ao refeitório e à área de transporte. Além disso, está perto da saída da Vila para Saint-Ouen, com apenas 600 m de distância deste ponto até a base do COB.

Nos últimos cinco dias, dez colaboradores do Comitê estão trabalhando forte para finalizarem até quinta-feira. Os profissionais são de áreas como Infraestrutura Esportiva, Jogos e Operações Internacionais, Logística e Serviços de Vila.

“A primeira vez que visitei a Vila (em junho de 2022), o prédio ainda estava na fundação e fizemos todo o projeto arquitetônico. A gente não constrói o prédio. Dizemos que o Comitê Organizador faz o corpo e nós vestimos a roupa. Não é simples, é uma montagem completa. Mas conseguimos criar esse ambiente ideal para que o atleta consiga o seu melhor resultado”, disse Daniela Polzin, gerente de Infraestrutura Esportiva do COB e arquiteta.

O COB também criou uma sala de força e condicionamento (academia) no edifício. Nas próximas semanas, é esperado em Paris bastante calor, por conta disso, foi providenciada a instalação de aparelhos de ar condicionado para minimizar a alta temperatura.

“A sala de força e condicionamento ser dentro do prédio é uma super novidade e ajuda muito os atletas. Além de espaço suficiente para a montagem, a gente precisou garantir que o local tenha capacidade de carga na laje, o que não é simples, porque normalmente os prédios não são concebidos com essa finalidade”, relatou Polzin.

Daniela se formou em arquitetura pouco depois de sua participação nos Jogos Olímpicos Atenas 2004. A judoca, que conquistou duas medalhas nos Jogos Pan-Americanos (ouro em Winnipeg 1999 e prata no Rio 2007), comentou sobre a transição de sua carreira.

“É bem gratificante. É um trabalho profissional que se liga com a minha paixão pelo esporte. Particularmente, por ter vivenciado os Jogos Olímpicos como judoca e ter sentido emoções e frustrações, eu consigo entender o quanto representa fisicamente no corpo do atleta qualquer sacrifício que a gente possa fazer para entregar a melhor estrutura nas nossas instalações”, afirmou.

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