Augusto Melo durante a cerimônia de posse como presidente do CorinthiansDivulgação/Corinthians
A situação financeira do Corinthians segue em estágio bastante alarmante. Nesta segunda-feira (19), em entrevista ao programa “Quebrada FC”, o presidente do Timão Augusto Melo revelou que o valor da dívida do clube ultrapassa a marca de R$ 2 bilhões.
A estimativa do déficit surgiu de um relatório feito pela empresa Ernst & Young, responsável pela auditoria financeira do clube no início da atual gestão.
“Pegamos o Corinthians em situação complicada, a gente imaginava pela mídia, pelo conselho, um pouco. Não imaginava uma situação pior. Temos uma big four fazendo auditoria e ela nos apresentou um resultado muito pior, mais de R$ 2 bilhões em dívidas. Sem credibilidade no mercado, sem dinheiro, e tendo que montar um time em menos de 30 dias”, disse o presidente.
O clube estimava que, ao final da gestão Duilio, a dívida do clube estaria na casa dos R$ 850 milhões, desconsiderando valores envolvendo o financiamento da Neo Química Arena. Para quitar o estádio, o clube ainda precisa pagar R$ 706 milhões à Caixa Econômica Federal.
A fragilidade financeira do Corinthians, ainda segundo Augusto Melo, tem sido um empecilho no início da nova gestão do clube. Os recorrentes atrasos em pagamentos nos mandatos anteriores, segundo o dirigente, afetaram a credibilidade do clube no mercado.
“Fizeram muitas coisas que a gente não concordava, renovações, demissões, contratações, a forma que o Mano foi contratado não cabe a nenhum clube. Muitas coisas atrapalharam nosso planejamento. Com muito trabalho pegamos um time destroçado, reformulamos os departamentos, uma dificuldade muito grande. Para contratar um atleta tive que assinar multas de 30% a 50% de um dia para o outro, mostrando que vamos cumprir o que combinamos. Pagamos antecipado. O Corinthians é barril de pólvora, pressão todo dia. Estamos conseguindo retomar a credibilidade, esse jogo fantástico ontem. Trazemos essa característica de volta que há muito tempo não se via”, concluiu.
CNN.