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Luiz Henrique, o ‘Pantera Negra’ do temível ataque do finalista Botafogo

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Luiz Henrique voltou ao Brasil como a contratação mais cara da história do Botafogo. Com gols e dribles, provou seu valor e se tornou a principal peça ofensiva da equipe rumo à final da Copa Libertadores 2024.

No caminho até a “Glória Eterna”, no qual o alvinegro ainda tem pela frente o Atlético-MG no próximo sábado, em Buenos Aires, o habilidoso canhoto de 23 anos viveu a melhor temporada de sua carreira.

Contratado em janeiro por R$ 106 milhões junto ao Betis, Luiz Henrique marcou 11 gols e deu cinco assistências em 51 jogos pelo Botafogo.

O status de contratação mais cara durou até julho, quando o clube carioca foi ao mercado e trouxe o meia argentino Thiago Almada por R$ 140 milhões, na maior compra feita por um clube brasileiro na história.

O temível ataque alvinegro, que marcou 84 gols em 52 jogos no ano, é completado por Igor Jesus e pelo venezuelano Jefferson Savarino.

“Luiz Henrique provavelmente dobrou seu valor (…) Em seu contrato, está estipulado que ele pode levantar a mão e dizer quando quer ir para a Europa”, disse em setembro o magnata americano John Textor, dono da SAF do Botafogo.

É Seleção

Dinheiro à parte, foi o grande desempenho que levou Luiz Henrique a se sobressair no retorno ao Brasil, depois de uma temporada e meia no Betis (quatro gols e dez assistências em 64 jogos).

Seus dribles e jogo vertical pelas pontas, especialmente pelo lado direito, assim como sua capacidade de criação quando joga pelo meio, o levaram a ser convocado para a Seleção Brasileira pela primeira vez.

E ele também brilhou com a Amarelinha, mesmo sem ser titular absoluto: dois gols e uma assistência em seis jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.

“Luiz é um jogador que tem uma necessidade de algo mínimo especial, tem necessidade de ter uma pessoa que o incentive, que o estimule, porque é um jogador com um talento individual acima da média”, disse recentemente o técnico do Botafogo, o português Artur Jorge, ao site da Fifa.

Em sua brilhante temporada, na qual tem a chance de conquistar a Libertadores e com o título do Campeonato Brasileiro muito próximo, o atacante também deixou uma marca registrada em suas comemorações.

Depois de fazer um gol, costuma colocar a máscara do Pantera Negra e cruzar os braços para formar um X, movimento tradicional do herói da Marvel.

“Sou um jovem negro. Queria ficar marcado, passa uma mensagem de luta. A gente luta diariamente contra o racismo”, contou Luiz Henrique ao portal ge.

Polêmica com apostas 

Natural de Petrópolis, o atacante foi descoberto pelo Fluminense quando tinha 11 anos. Depois de começar no futsal, foi para o campo para passar pelas categorias de base do tricolor, uma transição que quase o fez abandonar o futebol.

Para ir aos treinos, levava mais de duas horas todos os dias. Cansado da rotina, exaustiva para um garoto, pensou em pendurar as chuteiras e se dedicar ao judô, que podia praticar perto de casa.

“Naquele momento, achei que tinha sido muito duro, passando dos limites, obrigando a treinar, mas hoje vejo que foi a melhor coisa que fiz”, conta seu descobridor, Jhonny Max.

Luiz Henrique estreou como profissional pelo Fluminense em agosto de 2020. Depois de se destacar, partiu para o Betis, em 2022. Na Espanha, porém, passou por um episódio que ainda dá o que falar.

Seu nome está ligado a um suposto esquema de apostas para que recebesse cartão amarelo em um jogo do Betis em março de 2023, um caso parecido com o do meia-atacante Lucas Paquetá, que joga no West Ham, da Inglaterra.

Há duas semanas, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da manipulação de jogos e apostas esportivas do Senado convocou o jogador do Botafogo para prestar depoimento.

“Não tem nada a ver isso”, afirmou Luiz Henrique. “Acho que querem apagar o meu brilho. Eu sei que não vão conseguir”, completou.

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