(foto: Isabella Bonotto/AFP)
O Benfica, de Portugal, deve ao papa Francisco a anistia ao pagamento de uma multa de quase R$ 90 mil reais. O clube de Lisboa havia sido condenado a pagar 16,32 mil euros (aproximadamente R$ 88.850) de indenização por ofensas proferidas pelo goleiro grego Odisseas Vlachodimos ao Porto, em outubro de 2022. Mas o caso ganhou uma reviravolta nesta terça-feira (12/3).
O Benfica recorreu ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) após condenação do pagamento da infração, pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), por “lesão da honra e da reputação dos órgãos da estrutura desportiva e dos seus membros”.
A punição se deveu à divulgação, por meio da plataforma Benfica Play, de “alegadas expressões injuriosas preferidas pelo seu, à data, jogador Odysseas Vlachodimos” dirigidas ao FC Porto, em documentário “Eu amo o Benfica”, produzido pelo clube sobre a campanha do título de campeão nacional.
“Time de m… Esses caras são uma equipe de m…”, disse Vlachodimos, após o clássico entre Porto e Benfica, no Estádio do Dragão. A declaração se tornou pública com a divulgação do terceiro episódio do documentário do clube lisboeta.
Papa Francisco
A infração foi anulada pela anistia no âmbito da visita do papa Francisco a Portugal, em setembro de 2023, para a Jornada Mundial da Juventude, informou o TAD.
A presença do pontífice no país também levou a arquivamento de processo disciplinar contra o goleiro, pelas mesmas declarações.
Odysseas Vlachodimos estava sujeito a suspensão de 1 a 4 jogos, segundo o artigo 158 do Regulamento Disciplinar, mas foi salvo pela Lei n.º 38-A/2023, de 2 de agosto de 2023, que estabelecia o perdão de penas por ocasião da Jornada Mundial da Juventude em Portugal.
Na época, o benefício não se estendeu ao Benfica, que entrou com recurso no TAD. A reviravolta saiu após deliberação do colégio arbitral do tribunal, por maioria, em 4 de março – publicada somente neste terça.
Vlachodimos, hoje, defende o Nottingham Forest, de Inglaterra.
No Ataque.