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Polícia cumpre mandados e efetua prisões de suspeitos de ataque ao ônibus do Fortaleza no Recife

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Foto: Reprodução 

Polícia Civil de Pernambuco comunicou que “Operação Hooligans” realiza também mandados de busca e apreensão domiciliar; ge confirmou pelo menos dois presos

Passados 22 dias do atentado contra o ônibus do Fortaleza, no Recife, a Polícia Civil de Pernambuco anunciou, nesta sexta-feira, a primeira ação concreta para prender os responsáveis pelo incidente. Na operação denominada “Hooligans”, estão sendo cumpridos nesta manhã sete mandados de prisão e sete de busca e apreensão domiciliar. O ge confirmou pelo menos duas prisões efetuadas.

A informação da operação foi comunicada, em nota, pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE), que prometeu dar novas informações “em momento oportuno”. 

Oficialmente, não há confirmação das prisões, porém imagens obtidas pela nossa reportagem já mostram os primeiros suspeitos chegando à delegacia. Um deles, inclusive, veste uma camisa da Torcida Jovem do Sport, organizada suspeita do ataque.

Os mandados foram expedidos pela Segunda Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Jaboatão dos Guararapes. 

– A investigação foi iniciada em fevereiro de 2024, com o objetivo de identificar e desarticular Associação Criminosa voltada à prática dos crimes de tentativa de homicídio, provocação de tumulto e dano – informou a nota. 

Na execução dos mandados estão sendo empregados 60 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. 

A operação é realizada pelo Comando de Operações e Recursos Especiais (CORE), sob a presidência dos delegados Raul Junges e Paulo Moraes, ambos da Delegacia de Polícia de Repressão à Intolerância Esportiva.

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O caso ocorreu no último dia 22 de fevereiro, às 2h21 (conforme aponta o Boletim de Ocorrência realizado pelo Fortaleza), após o jogo entre Sport e o Tricolor, na Arena de Pernambuco. Na ocasião, o ônibus com a delegação cearense foi atacado a oito quilômetros do estádio, quando sofreu uma emboscada, que deixou seis jogadores do Leão do Pici feridos. 

Sede da Delegacia de Polícia de Repressão à Intolerância Esportiva em Pernambuco — Foto: Daniel Leal

Sede da Delegacia de Polícia de Repressão à Intolerância Esportiva em Pernambuco — Foto: Daniel Leal 

Na ocasião, testemunhas afirmaram que cerca de 80 a 100 pessoas que estiveram envolvidas no atentado com bombas e pedras atiradas por pessoas que estavam “vestidos de amarelo”, conforme relatado pelo CEO do Leão do Pici, Marcelo Paz. A cor remete à principal torcida organizada do Sport. 

Escobar, desembarque do Fortaleza — Foto: Thiago Gadelha/SVM

Escobar, desembarque do Fortaleza — Foto: Thiago Gadelha/SVM 

Os atletas tricolores feridos precisaram ser encaminhamento para hospital no Recife. Entre os casos mais graves estavam o do goleiro João Ricardo, que precisou de seis pontos na cabeça, e do lateral-esquerdo Escobar, com trauma cranioencefálico. Todos estão fisicamente recuperados. 

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O Sport, clube mandante no jogo válido pela Copa do Nordeste que trouxe o Fortaleza para o Recife, foi punido em primeira instância pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com oito jogos de portões fechados pelo incidente. 

O Sport também não terá direito a carga de ingressos como visitante pelo tempo que durar a punição dos oito jogos como mandante. O clube pernambucano vai recorrer da decisão.

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