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Condenado e multado por violência doméstica em 2021, o zagueiro alemão Jérôme Boateng foi acusado pela própria mãe de praticar maus tratos contra mulheres. Segundo documento obtido pela revista alemã Der Spiegel, Martina Boateng enviou um e-mail a um advogado em fevereiro daquele ano, onde revelou que o jogador possuía um histórico violento.
Na mensagem obtida recentemente pelo periódico, a mãe do ex-jogador do Bayern de Munique e da seleção alemã também fez menção ao caso da modelo Kasia Lenhardt, sua ex-namorada, que cometeu suicídio. A mulher foi encontrada morta em um apartamento localizado em Berlim no dia 9 de fevereiro de 2021.
“Meu filho tem abusado mental e fisicamente de mulheres há anos. Agora, Kasia Lenhardt tirou a própria vida e ele não quer enfrentar as consequências pelo seu comportamento”, escreveu Martina. Ainda de acordo com a Der Spiegel, pouco tempo antes de a morte acontecer, a modelo desejava apresentar uma queixa contra Boateng por danos corporais.
Kasia Lenhardt e o zagueiro tinham um relacionamento amoroso conturbado. O casal esteve junto por 15 meses até poucos dias antes morte da modelo. A relação foi marcada por acusações de chantagem e constantes traições. Em 2019, o jogador chegou a ser alvo de um inquérito pelo Ministério Público de Munique por agressão a uma outra ex-mulher, mas a investigação foi encerrada por falta de provas.
Atualmente na Salernitana, clube que ocupa a lanterna isolada do Campeonato Italiano, Boateng possui passagens por Hertha Berlim – onde foi revelado – Hamburgo, Manchester City e Bayern, onde jogou por 10 anos e conquistou nove campeonatos alemães, além de ser bicampeão do Mundial de Clubes da Fifa (2013 e 2020). Ele ainda teve uma passagem de dois anos pelo Lyon, da França, antes de ir para a Itália.
O período no clube de Munique coincidiu com a presença do zagueiro na seleção alemã, onde foi tetracampeão mundial em 2014 e disputou a Copa do Mundo de 2018. O jogador, porém, deixou de ser convocado em 2019 por opção do então técnico Joachim Löw, que decidiu abrir espaço para atletas mais jovens.
Estadão Conteúdo