Foto: Marcello Zambrana/AGIF
Treinador lamenta eliminação nas quartas de final do Campeonato Paulista pelo Novorizontino
O São Paulo foi eliminado no Campeonato Paulista. Com a derrota nos pênaltis para o Novorizontino, neste domingo, no Morumbis, após empate em 1 a 1, o Tricolor deu adeus à primeira competição da temporada e viu o técnico Thiago Carpini ser chamado de “burro” por torcedores nas arquibancadas. Em entrevista coletiva, o treinador disse entender a insatisfação.
Também insatisfeito com a eliminação do São Paulo, Thiago Carpini lamentou que o seu time não tenha conquistado o objetivo de avançar à semifinal do Campeonato Paulista.
– Entendemos a frustração do torcedor, que é a mesma que a nossa e de todos no vestiário. É só o começo do trabalho. Tivemos dois meses com altos e baixos já. A eliminação é dura, o torcedor fez sua parte, mas não conseguimos o objetivo, que era o de todos nós. As decisões importantes estão apenas começando. Tirando o que ocorreu hoje, não acho que tenhamos um saldo negativo – disse Thiago Carpini, que venceu a Supercopa Rei em fevereiro.
– Hoje não tivemos Calleri, perdemos o Ferreira. Isso tem sido rotina, mas entendo as críticas. É a profissão que eu escolhi, preciso lidar com isso. Não era a maneira que eu gostaria de me despedir do Estadual, mas é só o início do trabalho. Há muitos ajustes a serem feitos e vamos seguir – completou.
Chamou atenção, na eliminação tricolor, que o meia James Rodríguez, um dos jogadores mais experientes do elenco, não tenha cobrado um dos pênaltis. Thiago Carpini explicou que os jogadores que estavam mais confiantes foram os escolhidos para bater. Michel Araujo e Diego Costa desperdiçaram.
– Em relação aos pênaltis, nós temos um relatório do que trabalhamos na semana com o percentual de cada um, mas no dia a gente também ouve o feedback do atleta, por estar seguro ou não, e temos que levar isso em conta também, se o atleta está à vontade ou não. (Ele não pediu para não bater). Só que outros atletas se manifestaram antes sobre bater, esperamos a manifestação dos atletas e seguimos assim. Gostaria de exaltar a personalidade do Diego, que quis bater. Erramos todos e caímos de pé, convictos com o que foi feito.
Claro que ter o respaldo dos atletas dá mais tranquilidade, mas eu sei disso independentemente de hoje, sei do apoio deles. Sei que voltaremos aqui em outro momento melhor, com perguntas diferentes. Estou tranquilo e seguro. A minha responsabilidade é essa. Não é pressão de deixar ou não o cargo, eu me sinto confiante e confortável, não cheguei aqui à toa. Venho construindo isso, que bom que tive essa oportunidade, e vou valorizar os momentos de vitória.
Eu não quis tirar a profundidade com a saída do Ferreira. O Erick continuaria dando essa profundidade, com leveza. Gostaria de ter feito as mexidas no segundo tempo um pouco antes, mas eu só tinha mais duas mexidas e precisei postergá-las. Depois, queria mais ofensividade, com Michel fazendo a ala. Terminamos o jogo com um time ofensivo e capacitado.
O Novorizontino nem no início da temporada era uma surpresa para mim, enfrentei eles na Série B. Sabia muito bem o que enfrentaríamos. O que mais me agradou foi ser vertical, transitar o tempo todo, retomar o controle de um padrão bem definido com a volta do Rafinha. Mas com as ausências do Rato e do Calleri eu tentei espaçar mais a equipe, os alas deles vinham combater e abrimos mais espaços para o Lucas e o Ferreira.
Claro que nos lances individuais nós precisamos de mais capricho, não controlamos, é tomada de decisão do atleta, mas a responsabilidade é minha de gerar essas possibilidade para eles. Não vou culpar quem perde.
Hoje o substituto do Welington é o Patryck, gostei quando ele atuou, muda a característica. Se surgir uma oportunidade de mercado e que caiba no planejamento do clube, vamos buscar, pois o Welington está sendo sobrecarregado. O Sabino ajuda para opções a serem criadas. Nós temos jogadores com características para utilizá-lo em linha de cinco também, mas esses ajustes serão feitos ao longo da temporada.