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Problema no gramado do Allianz Parque pegou fornecedora do material ‘de surpresa’

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foto: reprodução

O Palmeiras está prestes a retornar ao Allianz Parque em duelo da semifinal do Campeonato Paulista, que acontece nesta quinta-feira, às 21h35 (de Brasília). O clube está longe de sua casa há quase dois meses. Nesse período, o gramado do estádio passou por uma reforma para troca do composto que havia derretido e deixado o campo em más condições para receber jogo.

O problema identificado foi o derretimento do termoplástico, composto que tinha no campo sintético, instalado em 2020. Isso se deu, principalmente, devido às altas temperaturas e poluição na cidade de São Paulo. Esse problema pegou os responsáveis de surpresa. Nem a fornecedora do material nem as pessoas que possuem esse sistema na Europa sabem, certamente, o que aconteceu.

“A fornecedora do termoplástico desconhece o que aconteceu aqui. O próprio laboratório da Fifa também. Vimos que o índice de poluição aqui é muito alto, fizemos um teste aqui que mostrou o quanto tinha de poluição no termoplástico. Pode ser por isso, não quero afirmar porque não sou o fornecedor, mas vamos ter em breve uma dissertativa disso tudo”, disse o presidente da Soccer Grass, Alessandro Oliveira.

“Contra a Inter de Limeira, a gente já tinha identificado que iria ter que trocar (o composto). Já tínhamos feito um processo de importação de uma máquina para trabalhar aqui. Ninguém estava sem fazer nada diante do cenário. Já estávamos nos preparando para isso, mas não imaginava que ia agravar tanto e grudar do jeito que grudou. Tivemos que tomar uma ação muito rápida. A Soccer Grass trouxe sete aeronaves, tiramos mais de 150 toneladas de material, entre areia e termoplástico. Respondemos muito rápido ao que aconteceu. As pessoas lá de fora, que têm esse sistema, nunca passaram por isso. Foi uma coisa inédita. Temos certeza que com essa solução, não teremos mais incômodo nos próximos anos”, seguiu.

A Soccer Grass já havia identificado um problema no gramado, mas que foi agravado nos jogos do Palmeiras contra Inter de Limeira e Santos, em janeiro. As obras começaram em fevereiro e terminaram no último dia 16 de março. A reforma no gramado consistiu na troca do composto do gramado. Foram removidas 52 toneladas de termoplástico e aplicadas 22 toneladas de um infill orgânico, a cortiça, material extraído da casca do carvalho.

“O termoplástico funcionou por muito tempo, por quatro anos, de forma perfeita. Diminuíram os números de lesão aqui no Allianz Parque. Agora, nesse último ano tivemos essa surpresa, até o próprio fornecedor, que não tinha visto isso em lugar nenhum. Estamos apurando o que de fato aconteceu. Para que não corra mais esse risco, temos um novo sistema orgânico que tem uma durabilidade maior que o termoplástico”, explicou Alessandro Oliveira.

Por enquanto, apenas a equipe sub-20 do Palmeiras testou o novo gramado. O time profissional tem uma atividade agendada para a manhã desta quarta-feira, véspera do jogo da semifinal do Campeonato Paulista.

UOL

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