Foto: Fernando Alves/EC Juventude
Ninguém saiu em vantagem nos primeiros 90 minutos da final do Campeonato Gaúcho. Em jogo truncado, o Juventude até tentou mais, mas não conseguiu tirar o zero do marcador diante do Grêmio, no Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul, na tarde deste sábado (30).
Agora, a decisão fica aberta para a Arena do Grêmio, no próximo sábado (6), às 16h30min. Antes disso, o Tricolor Gaúcho estreia na Libertadores, terça-feira (2), às 21h, contra o The Strongest, na altitude de La Paz, na Bolívia.
Juventude inicia com João Lucas, e Grêmio com Fábio
O Juventude contou com o desfalque do zagueiro Danilo Boza, com lesão no musculo adutor da coxa. Ele foi substituído por Rodrigo Sam. Por outro lado, a grande dúvida do alviverde para a partida, o lateral direito João Lucas, se recuperou de lesão no joelho e começou o jogo. No 4-2-3-1, Roger Machado mandou o Ju a campo com Gabriel Vasconcelos; João Lucas, Rodrigo Sam, Zé Marcos e Alan Ruschel; Caíque e Jadson; Lucas Barbosa, Jean Carlos e Edson Carioca; Gilberto.
Já o Grêmio, que não contava com os laterais esquerdos Reinaldo, lesionado, e Mayk, suspenso, teve Fábio improvisado na posição. Na zaga, mais uma vez sem Geromel, lesionado, Rodrigo Ely novamente foi titular. Também no 4-2-3-1, Renato Portaluppi escalou o Tricolor com Caíque; João Pedro, Rodrigo Ely, Kannemann e Fábio; Villasanti e Pepê; Pavón, Cristaldo e Gustavo Nunes; Diego Costa.
Em primeiro tempo equilibrado, Grêmio leva perigo com Pavón, e Juventude em erros da saída de bola gremista
O equilíbrio marcou um primeiro tempo que foi truncado em muitos momentos. Com marcação forte de ambos os lados, e disputas intensas no meio de campo, o árbitro Anderson Daronco assinalou 20 faltas somente nos 50 minutos iniciais de jogo. Ainda assim, as duas equipes tiveram oportunidades de marcar.
As principais chances do Grêmio surgiram dos pés de Pavón, que inclusive foi o responsável pela primeira tentativa do jogo, em chute cruzado que passou por todo mundo, aos três minutos. Aos 29, depois de período morno da partida, o argentino concluiu com perigo, de fora da área, à esquerda do gol. E na melhor oportunidade, aos 40, o camisa 21 fez linda jogada em contra-ataque. Dentro da área, pela direita, deu uma caneta em Alan Ruschel, cortou mais dois defensores, um dos quais caiu, e bateu colocado, de canhota, à direita do gol.
Por outro lado, o Juventude, que foi melhor nos dez primeiros minutos de jogo, teve superioridade duas vezes na bola aérea, em cobranças de escanteio, com Rodrigo Sam, que cabeceou para fora. Mas levou perigo principalmente em erros na saída de bola do Grêmio. Aos nove minutos, a marcação alta do Ju forçou Pepê ao erro, e a bola sobrou para Lucas Barbosa, que chutou rasteiro para defesa de Caíque. Aos 45, Caíque e Rodrigo Ely não se entenderam, e a bola sobrou para Rildo, que havia entrado aos 33 no lugar do lesionado Edson Carioca. O ex-jogador gremista passou por Ely, invadiu a área e bateu rasteiro com a perna esquerda. Com o pé direito, Caíque salvou o Grêmio.
Segundo tempo começa frenético, mas Renato reforça marcação no meio de campo e Grêmio sai satisfeito com o empate
O Juventude voltou forte para o segundo tempo. Em menos de cinco minutos, foram três finalizações, todas pela lado esquerdo. Na primeira, com apenas 40 segundos, Rildo chutou rasteiro, no canto direito, e Caíque mandou pela linha de fundo. Na segunda, aos dois minutos, Gilberto recebeu passe de Jean Carlos e soltou uma pancada de perna esquerda. O goleiro gremista espalmou. Aos quatro, o centroavante alviverde chutou rasteiro, e o desvio facilitou a defesa firme do arqueiro tricolor.
Com a postura agressiva do Juventude, o jogo ficou aberto, e vários cartões amarelos foram distribuídos para os dois lados pelas faltas cometidas para matar as transições rápidas do adversário. Em uma delas, aos oito minutos, Cristaldo cobrou colocado e Gabriel Vasconcelos espalmou.
Em estratégia cautelosa para tentar trancar a circulação de bola alviverde no meio de campo, aos 18 minutos Renato colocou Dodi e Du Queiroz nos lugares de Pepê e Cristaldo, montando tripé de volantes. As mudanças no Grêmio frearam o ritmo do jogo, que voltou a ficar truncado.
A entrada de Nenê, aos 32 minutos, animou a torcida jaconera. E o Alviverde até conseguiu sequência de escanteios — ao todo, foram dez no jogo. Porém, as cobranças na surtiram efeito, e o Grêmio satisfeito com o empate, chegou a apelar para a cera, principalmente com Caíque e Kannemann, para segurar o 0 a 0 até o final e deixar a decisão totalmente aberta para Porto Alegre.