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Vôlei

Minas vence Osasco e volta a decidir a Superliga feminina contra o Praia pela quinta vez seguida

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Foto: Hedgard Moraes/MTC

Eternas rivais, equipes mineiras também vão disputar a quinta decisão nesta temporada em tira-teima da apelidada “final pão de queijo”; partida em BH teve confusão e empurra-empurra no fim

A rivalidade Minas e Praia Clube volta a decidir a Superliga de vôlei feminino, pela quinta vez consecutiva. Depois de a equipe de Uberlândia garantir vaga na decisão no começo da noite desta sexta, o time de Belo Horizonte venceu o Osasco, na Arena JK, por três sets a um, parciais de 25/23, 25/18, 15/25 e 37/35, garantindo a segunda vaga na final. 

O triunfo desta noite foi o segundo da série de três jogos entre as equipes. O Minas venceu a primeira partida em São Paulo, selando o confronto com a vitória em casa. A central Thaísa foi escolhida a melhor jogadora em quadra e levou o Troféu Viva Vôlei. 

A decisão da Superliga vai ser disputada em jogo único, no próximo domingo, dia 21, no Ginásio Geraldão, no Recife. Desde a temporada 2018/19, a dupla de Minas Gerais decide a competição nacional. 

Thaísa, central do Minas, encara o bloqueio do Osasco — Foto: Hedgard Moraes/MTC

Thaísa, central do Minas, encara o bloqueio do Osasco — Foto: Hedgard Moraes/MTC 

Com exceção de 2019/20, quando a fase final da Superliga foi cancelada por causa da Covid-19, Minas e Praia dominam a decisão. Nesse período foram três títulos para equipe de Belo Horizonte e um para o time Uberlândia, atual campeão da competição. 

Esta vai ser a quinta final entre as duas equipes nesta temporada. Minas e Praia decidiram o Campeonato Mineiro, a Supercopa, o Campeonato Sul-Americano e a Copa Brasil. 

Diante desse cenário, a decisão da Superliga também vai marcar o desempate de títulos entre as duas equipes em 2023/24. O Minas venceu a Supercopa e o Sul-Americano, enquanto o Praia conquistou o Campeonato Mineiro e a Copa Brasil. 

O duelo entre Minas e Osasco foi a última partida da central Carol Gattaz como jogadora da equipe de Belo Horizonte. Depois de dez anos no clube, a atleta, de 42 anos, não teve o contrato renovado e, coincidentemente, deve defender o Praia Clube na próxima temporada. 

Carol Gattaz e jogadoras do Minas comemoram ponto diante do Osasco, na Arena JK — Foto: Hedgard Moraes/MTC

Carol Gattaz e jogadoras do Minas comemoram ponto diante do Osasco, na Arena JK — Foto: Hedgard Moraes/MTC 

– Meu dever foi cumprido aqui. Acho que, nesses dez anos em que estive aqui, entreguei tudo o que pude, fiz tudo o que pude pelo time. O vôlei do Minas cresceu, e eu sou muito feliz em ter feito parte disso. Só tenho a agradecer ao Minas Tênis Clube e à essa torcida maravilhosa – disse Gattaz. 

As duas equipes começaram a partida disputando ponto a ponto. A levantadora Giovana, do Osasco, apostou nas centrais Brionne Butler e Callie, fazendo a equipe paulista colocar 18 a 14 no placar. Aos poucos, o Minas tirou a diferença. Na sequência de Julia Kudiess no saque, as donas da casa conseguiram a virada. Marcando de bloqueio e depois no ataque, Thaísa fechou o set em 25 a 23 para o Minas. 

O Osasco iniciou a segunda parcial fazendo 4 a 0. O Minas reagiu logo e deixou tudo igual. No ataque para fora de Lorenne, Camila Brait pediu toque na rede do bloqueio da equipe de BH. Revendo a imagem pelo desafio, a arbitragem considerou que não houve toque, o que revoltou as jogadoras do Osasco. 

O Minas aproveitou o momento de instabilidade das adversárias e anotou 15 a 10 no placar. O técnico Luizomar Moura trocou a levantadora Giovana pela reserva Kenya, mas sem sucesso. As donas da casa seguiram dominando as ações e chegaram a 25 a 18, no saque errado da equipe de São Paulo. 

Thaisa comemora pelo Minas — Foto: Hedgard Moraes/Minas Tênis Clube

Thaisa comemora pelo Minas — Foto: Hedgard Moraes/Minas Tênis Clube 

O time paulista foi para o tudo ou nada no terceiro set e se deu bem. Aproveitando o relaxamento das donas da casa, o Osasco chegou a colocar 11 pontos de frente no placar. Quando Vitória, do Minas, pisou na linha ao sacar, a arbitragem assinalou 25 a 15 na parcial, mantendo o Osasco vivo na partida. 

O quarto set foi eletrizante. O Osasco abriu quatro pontos de frente, mas o Minas tirou a diferença. A partida foi decidida em uma interminável troca de vantagens pelos determinantes dois pontos de vantagem. Ora o Osasco estava à frente, ora o Miinas podia definir. O ponto final veio no bloqueio de Thaísa, que fez 37 a 35, com o Minas chegando a três sets a um no jogo e se classificando para mais uma decisão de Superliga. 

– Foi um jogo muito tenso. Me arrisco a dizer que não foi um dos nossos melhores jogos. Oscilamos bastante e faltamos em alguns momentos. Tentamos nos ajustar no decorrer do jogo, mas conseguimos manter a calma e a disciplina tática, que perdemos totalmente no terceiro set. Nos ajudamos e confiamos uma na outra. Agora é descansar e trabalhar – disse a central Thaísa após o jogo. 

Descontente com o resultado, a comissão técnica do Osasco protestou contra as marcações da arbitragem. A reclamação foi motivada por algumas decisões do desafio, contestadas pela equipe paulista durante a partida. 

Houve trocas de empurrões em determinado momento, envolvendo também um representante da Federação Mineira de Vôlei , o que gerou certa apreensão após a partida na Arena. O técnico Nicola Negro e a central Thaísa pediram calma aos torcedores, que estavam chamando os adversários de “timinho”. 

Nicola chegou a segurar um dos integrantes da comissão técnica do Osasco, enquanto garrafas plásticas eram atiradas em direção ao tumulto. 

Beto Opice, integrante da equipe técnica do Osasco, afirmou à reportagem do ge que foi desrespeitado pelos árbitros durante a discussão. Segundo ele, o momento de “cabeça quente” foi superado e tudo foi resolvido entre as partes.

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