Ajustar as finanças é algo que está fazendo parte da realidade de vários clubes, tanto para aqueles que viraram SAF como para outros que reformularam sua administração. Esse cenário fica evidente no estudo da Sports Value, onde vemos que os principais times do Brasil, somados, tinham dívidas acima de R$ 10 bilhões em 2022, mas em 2023 esse valor caiu para o R$ 8,9 bilhões,um dos menores dos últimos anos.
Porém os débitos ainda seguem altos, até mesmo com clubes que possuem um alto faturamento. Quem lidera o ranking é o Atlético-MG, com uma dívida total de R$ 1,3 bilhões. Em seguida aparece o Palmeiras, com R$ 943 milhões e o Internacional, com R$ 899 milhões. Fechando o Top-4 temos o Corinthians, com R$ 886 milhões.
Um fato importante é de que as dívidas fiscais seguem sendo um problema para vários times, com um total somado de R$ 2,7 bilhões, 32% do total de quase R$ 9 bilhões citado acima.
Outro item que impacta no cálculo acima são as despesas financeiras com empréstimos e correção monetária, com um total de R$ 1,2 bilhão.
Confira abaixo a dívida atual do seu clube
Como é possível ver na imagem acima, Athletico Paranaense, Goiás e Cuiabá zeram suas dívidas, enquanto clubes como Fortaleza e Flamengo tiveram uma redução considerável em seus débitos.
Impacto dos estádios e SAFs nas dívidas dos clubes brasileiros
O estudo da Sportsvalue mostra que a administração das arenas impacta negativamente na situação financeira de alguns clubes.
O Palmeiras, por exemplo, teria uma dívida total de R$ 537 milhões sem considerar o Allianz Parque, enquanto do Atlético-MG seria de R$ 686 milhões sem a Arena MRV.
Já o Corinthians, se consideramos o valor pendente da Neo Química Arena, seria o time brasileiro com a maior dívida, no total de R$ 1,6 bilhões.
Outra equipe a ser citada no estudo acima é o Botafogo. Conforme balanço publicado, a equipe teria uma dívida de R$ 679 sem o aporte de investidor e uma pendência total de R$ 764 milhões, que faria o time ser o 5º no ranking acima.
Por outro lado, o aporte financeiro em outras SAFs reduziu a dívida de alguns clubes nos últimos anos e a tendência é de vermos mais equipes apostarem nesse modelo de negócio no futebol brasileiro.