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Real Madrid e Bayern de Munique se enfrentaram no último dia 8 de maio pela volta da semifinal da Champions League. O time madrilenho venceu, de virada, por 2 a 1, e garantiu sua classificação à final da competição. No fim do jogo, o zagueiro De Ligt marcou o que seria o gol de empate dos alemães, mas o lance foi invalidado por impedimento, causando a ira dos jogadores e comissão técnica dos Bávaros. Surpreendentemente, o meia Toni Kroos criticou a atuação da arbitragem na jogada.
Szymon Marciniak, árbitro do jogo, marcou impedimento de De Ligt, em lance que terminou com o zagueiro mandando a bola para o fundo do gol. Curiosamente, o assistente número um, Tomasz Listkiewicz, não havia marcado nada, e só levantou a bandeira após a marcação do juiz principal.
Para o alemão, Marciniak não deveria ter interferido na jogada, e sim aguardado a manifestação do bandeira antes de paralisar a jogada. O meia do Real Madridcomentou sobre o lance no podcast Einfach mal Luppen, que comanda ao lado do seu irmão Félix.
Kroos foi além, se solidarizando com seus adversários, mesmo que a marcação tenha pesado a favor do seu time. O lance causou muita revolta no banco de reservas doBayern de Munique, e ele afirmou entender a frustração dos seus adversários.
— Foi uma decisão ruim. Você tem que deixar o jogo continuar e o lance terminar. Porque se o assistente levantar a bandeira, o árbitro entende que o bandeira viu claramente a jogada, e está confiante de que provavelmente houve um impedimento. A raiva se justifica porque você tem que esperar a jogada até o fim — avaliou Kroos.
As reclamações do Bayern de Munique com a arbitragem em Madrid
A arbitragem do polonês Szymon Marciniak foi muito criticada pelos jogadores do Bayern de Munique após o apito final no Santiago Bernabéu. De Ligt, Thomas Müller e o técnico Tuchel foram os que mais reclamaram, principalmente no lance que poderia ter terminado com o empate do time alemão. Por conta da interferência do juiz antes do fim da jogada, o VAR não pôde revisar o lance.
Para De Ligt, se um impedimento não está claro para o assistente, o juiz não pode paralisar o jogo, e deve deixar a jogada prosseguir. O zagueiro cita o lance que terminou no segundo gol de Joselu, que também poderia ter causado dúvidas de posição irregular de Rüdiger no momento do passe para o atacante, mas não foi paralisado.
— Conhecemos as regras e é óbvio que, se não é um impedimento claro, o jogo deve seguir, (os árbitros) devem deixar jogar. Foi uma vergonha. O gol de Joselu é quase um impedimento, algo muito ajustado, deixaram seguir. O bandeira (Tomasz Listkiewicz), ainda me pediu perdão, me disse que errou — disse De Ligt após o jogo.
Thomas Tuchel foi ainda mais enfático. O técnico do Bayern de Munique citou que o lance de De Ligt deveria prosseguir para depois ser revisado em caso de impedimento. O alemão ainda alfinetou o rival na época que isso não aconteceria se fosse em uma situação envolvendo o Real Madrid.
— No segundo gol de Joselu, deixaram a jogada seguir. A regra é clara e diz que a jogada deve continuar. O primeiro erro foi cometido pelo auxiliar e o segundo pelo árbitro de campo. O árbitro pode ou não apitar e decide apitar. Vai contra qualquer recomendação. Nós aceitamos, as coisas são assim, mas isso não aconteceria ao contrário — reclamou Tuchel.