O técnico do Botafogo, Artur Jorge, disse nesta sexta-feira, véspera da decisão da Libertadores, que chegar à final da competição continental é um feito enorme, mas que o clube pensa apenas no título. “O que fica na história são os vencedores”, declarou o treinador, em entrevista concedida no Monumental de Nuñez, palco da final com o Atlético-MG.
— A final é grande, mas é pouco para aquilo que nós queremos. O que fica na história são os vencedores, e não os que chegam nas finais — afirmou o Artur Jorge.
O treinador recordou o começo difícil e o crescimento do Botafogo na competição, que culminou com uma campanha irrepreensível nos playoffs. Artur Jorge chegou ao clube em abril, logo após a demissão de Tiago Nunes.
— Eu cheguei e aproveitei a parte boa. Quem chega e tem duas derrotas em seis jogos pra fazer (na fase de grupos), foi muito difícil. Eu falei que íamos classificar, não tinha dúvida nenhuma, e classificamos com um jogo de antecedência. Em três jogos conseguimos resolver a fase de grupos — ressaltou o técnico do Botafogo.
Artur Jorge exalta campanha do Botafogo nos playoffs
— No mata-mata, jogamos contra três enormes rivais, três equipes que seriam candidatas a ganhar a competição. Jogamos sempre com humildade, e sendo superiores a qualquer um desses adversários. Conseguimos ser melhores que o Palmeiras, que o São Paulo e que Peñarol — avaliou Artur Jorge.
O técnico português também enalteceu o “equilíbrio comportamental” do Botafogo, que além da final da Libertadores está na luta pelo título do Brasileirão. O alvinegro carioca lidera a competição e depende apenas de si para ficar com o título.
— A equipe tem sido capaz de suportar uma temporada como esta. Acho que isso é um mérito que os jogadores têm que ter. Temos que ter a capacidade nessa reta final de poder manter o mesmo equilíbrio comportamental, são três jogos que podem nos trazer dois títulos enormes. Eles terão tempo para descansar depois, mas agora é um período de consagração.